segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Diversidade sexual

Em festa contra toda forma de preconceito

Parada Livre uniu várias cidades.


Seminário de sábado reuniu governo e sociedade civil

II Marcha contra o preconceito pelas ruas de Santa Maria/RS

Marquita Quevedo, da ONG Igualdade, uma das coordenadoras do evento.


Militante LGBTT exibe bandeira símbolo no calçadãoMilhares de pessoas prestigiaram o evento no Largo da Locomotiva

O sol forte do domingo foi um presente para a organização da 9ª Parada Livre de Santa Maria. Ele deu ainda mais brilho à festa que, tradicionalmente, é marcada pela presença de muitas bandeiras coloridas. Ontem à tarde, no Largo da Locomotiva, centenas de integrantes do Movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) e simpatizantes participaram do encerramento da parada. No sábado, também ocorreram atividades ligadas ao evento, como debates e seminários em torno do tema “Sem Homofobia, Mais Cidadania!”.

Antes da festa no Largo da Locomotiva, foi feita a 2ª Caminhada Contra Toda Forma de Preconceito, que seguiu pela Rua do Acampamento. Os integrantes do Movimento GLBT carregavam cartazes que pediam respeito e o fim do preconceito.

– Estamos buscando nosso espaço. Junto com outros movimentos sociais, fizemos discussões que têm como objetivo fazer com nos olhem como cidadãos. Em nove anos, já avançamos muito, mas ainda é preciso lutar pela nossa igualdade – disse Marquita Quevedo, da comissão organizadora da Parada Livre.

De acordo com Marquita, além de Santa Maria, o evento teve presença de grupos vindos de Rosário do Sul, Júlio de Castilhos, São Gabriel, Cacequi, Cruz Alta, Bagé, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Ijuí e Porto Alegre.

A festa seguiu até o fim da tarde. Entre as atrações, houve show de uma banda punk, discursos de integrantes do Movimento Gay e show de drag queens. Para quem passou pelo Largo da Locomotiva, a festa foi um espetáculo de cor e alegria.

– Acho que não se pode ter preconceito. Eles têm direito a fazer a festa deles, e nós viemos prestigiar – afirmou a técnica de Enfermagem Micheline Moreira, que estava acompanhada da família.

Fonte: Diário de Santa Maria
Fotos: Luciele Alves Fagundes

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Diversidade sexual

Participe da 9ª Parada Livre da Região Centro

Nos dias 28, 29 e 30 de agosto Santa Maria vai receber delegações de pelo menos sete cidades e promover um do maiores eventos LGBTT's do interior do RS. Promovido pela ONG Igualdade e apoiado por entidades juvenis e estudantis, o evento pretende discutir o tema "Sem homofobia: mais cidadania", apresentando a sociedade a necessidade da aprovação do projeto de lei que torna crime o preconceito à homoafetividade.

Tema deste ano da Parada é: Sem homofobia, mais cidadania!
Sexta de cinema

A ideia da Parada Livre deste ano é dar continuidade ao evento do ano anterior, ultrapassando o momento único da Parada festiva para proporcionar momentos de reflexão e debate. A programação de atividades começa na quinta-feira (28/08) com sessão de cinema exibindo o filme "Milk, a voz da Igualdade" às 14h, na Casa Treze de Maio, entrada franca

Sábado de debates e festa da visibilidade lésbica

Já no sábado, a partir das 9h começa um seminário sobre diversidade sexual no Hotel Morotim, com presença de atoridades do poder público como o representante do governo municipal Jorge Pozzobom e a vereadora Helen Cabral, além de entidades da sociedade civil como o grupo SOMOS, o grupo RNP, UJS, DCE da UFSM e Movimento Nação Hip Hop de Santa Maria. Os debates prosseguem até a tarde.

Há noite, na boate do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Rua Professor Braga, acontece a Festa da Visibilidade Lésbica, com distribuição de postais. A festa tem ingresso de R$7,00, e é em homenagem ao dia Nacional da visibilidade lésbica.

Domingo de caminhada contra a homofobia, shows e atrações

Por fim, no domingo há tarde, a tradicional Caminhada contra o Preconceito que sai do calçadão por volta das 14h e segue até a Presidente, onde estão previstos shows e atividades lúdicas. O movimento hip hop se fará presente pela primeira vez na Parada, realizando atividades conjuntas, asim como os estudantes. É notável a integração que o movimento LGBTT tem conseguido com os movimentos juvenis.

Já confirmaram presença para o evento delegações de sete cidades do RS: Porto Alegre, Passo Fundo, Ijuí, Julio de Castilhos, Itaqui, Alegrete e Cruz Alta. Participe você também. Confira a programação aqui no blog Igor de Fato!:

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Santa Maria/RS urgente!

“Estamos vivendo no município um total desmonte da saúde pública”

O Conselho Municipal de Saúde está mobilizando para ato público dia 13 de agosto na esquina democrática contra o desmonte que a saúde vem sofrendo em Santa Maria/RS, e por melhoria das condições de trabalho dos profissionais do setor. Em entrevista exclusiva ao blog Igor de Fato, a coordenadora do Conselho Municipal de Saúde Rosa Maria Salaib Wolff explica por que o Conselho lança esse grito de alerta sobre a saúde, que vive dramaticamente o surto de gripe H1N1.
Foto: www.diariosm.com.br


Igor de Fato! O que é a Coordenação do Conselho Municipal de Saúde? Como funciona?
Rosa Wolff - A Coordenação do Conselho Municipal de Saúde seria a mesa diretora do Conselho. O CMS de Santa Maria é parlamentarista, os segmentos que o compõem escolhem seus representantes por eleição direta e esse colegiado reunido escolhe o coordenador.
Os segmentos envolvidos são: 50% de entidades representativas de usuários do SUS (sindicatos, associações comunitárias, associações de portadores de enfermidades, conselhos locais de saúde, associações de defesa do meio ambiente entre outras. 25% de trabalhadores de Saúde (psicólogos, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, biólogos, assistentes sociais etc...). 12,5% de entidades governamentais e formadoras (universidades, secretarias de município etc...). 25% de prestadores de serviço ao SUS (rede privada mas que tem credenciamento ou contratualização para tender SUS.
Cada segmento escolhe seus representantes nessa mesma proporção e a coordenação reunida escolhe o coordenador geral.

Igor de Fato! Como a terceirização dos profissionais e o sistema de médicos horistas comprometem a saúde? Qual sistema é proposto?

Rosa Wolff - Para que a comunidade possa ter uma atenção a sua saúde adequada, acreditamos que é absolutamente necessário ser criado um vínculo entre a comunidade e a unidade de saúde e seus trabalhadores.
Acreditamos que a criação de uma relação entre usuário e profissional de saúde é pelo menos 50% do tratamento.
Acreditamos que só a confiança na equipe de saúde fará com que as pessoas mudem seus hábitos de vida, conseguindo fazer promoção e prevenção dos agravos a sua saúde.
A terceirização torna essa relação volátil, faz-se com que todos estejam sempre no aguardo de transferências, demissões, afastamentos enfim sobre uma estrita lâmina de segurança.
Quanto a contratação por hora ( 1 – 2 – 3 por dia) não vai permitir que esse profissional crie vínculo, faça visitas domiciliares, se relacione com a comunidade, participe dos grupos de promoção e prevenção realize procedimento preventivos (como coleta de material ginecológico por exemplo para detecção precoce do Câncer de útero ou mesmo palpação de mamas para identificar nódulos potencialmente patológicos entre outros). Participe de eventos na comunidade visando interagir com ela e implantar ações que visem “n” objetivos, cito alguns – identificação de trabalho infantil, trabalho insalubre realizado no domicílio, grupos de apoio a asmáticos, alcoólatras, drogaditos enfim superaria os mega bites máximo que um e-mail pode ter se fosse listar todos.


Igor de Fato! A municipalização da saúde tem sido eficiente? Existe uma proposta de federalizar?



Rosa Wolff - Federalização jamais!!!!!!
A grande luta dos sanitaristas foi pela municipalização, esse é o grande mote, tudo tem que estar perto do usuário.
Esse ato que estamos chamando seria impossível se o problema estivesse em Brasília, poderíamos nos manifestar a vontade que eles desligariam o radio, apagariam a TV, não leriam o jornal do dia, não abririam correspondência de Santa Maria, deletavam o computador e poderíamos gritar a vontade que ninguém nos ouviria. Ah!!!! Mas com o prefeito não acontece assim, ele pode tirar tudo da tomada que nós vamos lá onde ele está e nos manifestamos.
A municipalização é eficiente onde o governo quer que seja, quando ele investe nisso e quando os munícipes tem sorte de ter 2 – 3 – 4 governos seguidos querem do melhorar e não apenas discursar. Assim o sistema se constrói e depois a população não deixa mais terminar.
Não é o nosso caso cada governo que entra tem que destruir o que o outro fez principalmente o que deu certo para que não reste nenhum mérito para quem saiu.
Teríamos que lançar uma campanha nacional com os seguintes motes:
Saúde é um direito HUMANO, e dever do ESTADO, não de governos, e principalmente encarar como tal. A saúde é questão de estado e os governos não podem destruir.
Por isso a existência do controle social que os governos de 2004 para cá conseguiram em associação com o judiciário tirar a maior parte do poder que tinham, e conseguiram de uma forma simples.
A constituição prevê a existência do controle social com caráter deliberativo e fiscalizador, a lei 8142/80 regulamenta isso, que fez o judiciário, sim, é deliberativo e fiscalizador porém a suas deliberações não são vinculativas, ao que isso quer dizer em bom português ele delibera, mas não vincula a obrigação do gestor cumprir, então delibera para quem???? Só para si próprio seus horários e reunião etc...

Igor de Fato! Qual é o objetivo do ato público de 13 de agosto? O que poderia ser feito para melhorar o Sistema único de Saúde?


Rosa Wolff - Estamos vivendo no município um total desmonte da saúde pública. As equipes de saúde da família foram demitidas sem que tivesse havido concurso publico par recompor os quadros, 16 unidades de saúde estão fechadas ou atendendo sem médicos ou enfermeiros,. Casa uma dessas unidades era responsável por 4.500 pessoas, como vemos temos 70.000 sem nenhuma assistência nesse momento que temos a gripe H1N1 solta por aí. Apenas na zona sul temos 500 pessoas acamadas (não saem da cama) e que recebiam atendimento das equipes, e que agora não tem essa atenção, pessoas que usam pór exemplo sonda vesical pois não conseguem urinar essas sondas tem que ser trocadas a cada e - 3 dias senão provocam infecção que nessas pessoa é potencialmente fatal. Quando colocado isso ao secretário de saúde ele respondeu que esses doentes mão eram de agora e sim da gestão passada e que ele tem que resolver problemas de agora. (BOA RESPOSTA NÂO? Tem um ditado hoje já popular “Preciso doar as minhas córneas pois vou viver toda a minha vida e não vou ver tudo assim pelo menos as córneas continuam vendo”
Santa Maria hoje não tem mais filas, todas elas terminaram! Muito bom não mas porque? Não temos mais doentes? Não porque hoje o que vale para fazer um exame ou retirar um medicamento controlado na farmácia do município é UM BILHETINHO DO SECRETARIO DE SAÙDE – a fila agora é na ante sala do secretario que carrega nos bolsos MUUIIITTTTOOOOSSSSSS papeizinhos para encaminhar os exames. Um bilhete um voto, um bilhete um voto.
Temos que fazer um ato público ou não?




sexta-feira, 7 de agosto de 2009

CPI do governo Yeda

Assembléia vai instalar CPI do governo Yeda




O anúncio feito na tarde desta quarta-feira (5) pelo MPF (Ministério Público Federal) de que a governadora Yeda Crusius e mais oito nomes estão sendo indiciados por improbidade administrativa por conta das investigações desencadeadas na operação ''Rodin'', que trata do desvio de 44 milhões do Detran, teve forte repercussão no parlamento gaúcho que deve dar início à CPI do governo Yeda. As assinaturas necessárias já foram obtidas pela oposição.

Operação Rodin desentrava CPI do governo Yeda na Assembléia Gaucha

O anúncio feito na tarde desta quarta-feira (5) pelo MPF (Ministério Público Federal) de que a governadora Yeda Crusius e mais oito nomes estão sendo indiciados por improbidade administrativa por conta das investigações desencadeadas na operação ''Rodin'', que trata do desvio de 44 milhões do Detran, teve forte repercussão no parlamento gaúcho que deve dar início à CPI do governo Yeda. As assinaturas necessárias já foram obtidas pela oposição, com a adesão de deputados do PDT.


Tão logo o Ministério Público anunciou a ação de improbidade, os parlamentares pedetistas realizaram reunião na qual decidiram pela assinatura da CPI. Os deputados se recusavam a assinar o requerimento por considerar insuficientes as acusações contra a governadora. Dos cinco deputados pedetistas na Assembleia, dois já haviam assinado: Adroaldo Loureiro e Paulo Azeredo.


Agora, com as adesões dos pedetistas Giovani Cherini, Gerson Burmann e Kalil Sehbe a oposição obteve 20 assinaturas, o regimento interno da Assembleia exige 19 para a criação de uma CPI. O pedido de instauração de uma comissão parlamentar de inquérito foi apresentado em maio. O requerimento deve ser encaminhado na manhã desta quinta-feira (06) à presidência da Assembleia.


O presidente da casa, deputado Ivar Pavan (PT) emitiu nota no início da noite desta quarta na qual considera que ''o quadro é gravíssimo''. Segundo a nota ''não se justifica mais dizer que não há fatos para a instalação de uma CPI. A Assembleia precisa aprofundar a investigação e trazer os esclarecimentos necessários a público. Vamos solicitar a cópia do processo à juíza Simone Barbisan Fortes e reforçar o pedido de abertura do sigilo da ação para permitir que possamos agir com a tranquilidade e responsabilidade que a gravidade do momento exige.''


A ação civil de improbidade administrativa atinge a governadora Yeda Crusius (PSDB) e mais oito pessoas: Carlos Crusius (marido da governadora), deputado federal José Otávio Germano (PP), deputados estaduais Luiz Fernando Zachia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, Walna Villarins Meneses (assessora da governadora), Delson Martini (ex-secretário geral do governo estadual), Rubens Bordini (vice-presidente do Banrisul e ex-tesoureiro da campanha de Yeda). Pesam sobre eles acusações de enriquecimento ilícito, dano ao erário e infração de princípios administrativos, crimes relacionados à fraude que desviou cerca de R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

Do Portal Vermelho. Leia mais.