segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Relatos de uma campanha

Direto do front da campanha Para o Brasil e o RS seguir mudando

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Carlos Drummond de Andrade

Lembrei-me de Drummond nesse dia exaustivo de campanha. Desde às sete da manhã até às sete da noite no Campus do Vale da UFRGS, olhava meus companheiros. Cansados, esgotados, não deixavam de nutrir grandes esperanças. Não aquela esperança que é um braços cruzados e esperar, mas aquela esperança que surge do trabalho árduo, incansável, no presente, pela construção do amanhã.

Se o presente é de luta o futuro nos pertence.

Minha companheira mais próxima, Luciele, acompanhou-me do início ao fim, sendo determinante para o êxito da empreitada de hoje.

Seguimos avançando, a cada dia. Encontramos pessoas, conversamos, panfleteamos. O presente é tão grande meus companheiros, não nos afastemos. Falta pouco. A vitória parece próxima, mas não podemos arrefecer. Derrotar a direita no executivo, ganhando postos no legislativo é nossa missão nessa grande batalha eleitoral. Dilma, Tarso, Paim, Abgail, Manu, Assis, Jussara, Carrion e tantos outros. A vitória deles é a nossa vitória.

Sabemos que essa batalha é só uma etapa de todo o processo, mas é uma etapa importante. Por mais banal que possa parecer nossa participação nesse processo, não podemos nos furtar de fazê-la. Às dezenas de milhares de militantes anônimos que constróem as vitórias dessas personalidades políticas, meu humilde apelo: não diminuam o ritmo. O Brasil e o Rio Grande do Sul precisam continuar mudando, e isso está no trabalho de vocês. Do nosso.

É tempo de avançar de mão dada.

Até a vitória.

sábado, 18 de setembro de 2010

Tarso 13

Tarso 13 se propõe acabar com a pobreza extrema no RS até 2014



A chamada mídia empresarial (Globo, Veja, Estado de São Paulo, etc) está promovendo uma cobertura das eleições baseada em escândalos fabricados. Não se debate proposta.

A grande novidade é o fenômeno democratizante da internet, o surgimento da onda 2.0 (blogs, twitters, videos caseiros). Hoje é possível promover um contraponto a essa cobertura escandalosa midiática.

Hoje a gente pode fazer um vídeo em casa e postar na internet e isso tem um impacto. Então a gente tem que aproveitar esse espaço para o contraponto, para o franco e saudável debate de ideias.

Eu quero aproveitar esse minutinho aqui para debater uma coisa fantástica do programa de governo do Tarso. Primeiro porque o Tarso reconhece o valor da onda democratizante da internet, o protagonismo dos blogueiros, twitteiros, etc, ele promoveu o twittarso, tem uma política de inclusão digital, valorização do sotware livre, etc. Mas o que eu quero chamar atenção aqui é pra atenção dele no combate a miséria.

Cara, é indignante você andar na rua e ver gente que não tem onde morar, em situação de pobreza extrema. Isso é inadmissível. Pois o Tarso tem uma meta de acabar com a pobreza extrema no RS, articulando o incentivo a agricultura familiar com a ampliação do bolsa família e projetos de habitação popular. O Tarso estabelece um meta clara: erradicar a pobreza extrema até 2014. Isso é essencial para um estado que se pretende desenvolvido. Não dá pra se considerar desenvolvido e ter gente morando na rua, passando fome, isso é uma vergonha pra todos nós.

O Tarso firmou compromisso de combate a miséria, e nele dá pra acreditar, porque ele é do governo Lula, que tirou da pobreza extrema 24 milhões de brasileiros, que aumentou o salário mínimo, gerou empregos, então que o Tarso diz a gente sabe que não é discurso vazio.

Por isso, por um Rio Grande do Sul sintonizado com esse Brasil da inclusão, do combate a fome e a miséria, da geração de emprego, da valorização do trabalhador, eu não tenho dúvida.

É Tarso governador.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PDI da UFRGS

Amadurecer, no Livro Verde, a democracia


Técnicos da UFRGS reivindicam gestão democrática da Universidade. Audiência pública da UFRGS para debater seu plano de gestão do dia 24 de setembro deverá conter propostas de emenda dos técnicos da Universidade que estão sendo construídas nas reuniões nos campi da Instituição.

Apesar da correria, a ASSUFRGS está empreendendo um esforço para debater o que a Reitoria chamou de "Livro Verde", proposta inicial do Plano de Desenvolvimento Institucional, planejamento de gestão da Universidade para os próximos cinco anos, a ser aprovado no CONSUN no mês de outubro.

Os debates promovidos pela ASSUFRGS têm sido muito ricos. Com a participação de muitos técnicos que pela primeira vez vão a algum debate da ASSUFRGS, os relatos são de uma Universidade que precisa amadurecer sua gestão democrática.

A técnica Ana, da Biomedicina, relata que ingressou na UFRGS sem nenhuma capacitação para as tarefeas para a qual foi designada. "A tarefa da qual me incumbiram nenhum colega sabia fazer na minha unidade,. Tive que aprender por conta própria, muitas vezes sendo pressionada por não fazer certo. Sofri muita pressão no início e pouca ajuda", relata ela, que havia ingressado na Medicina e pediu remoção por não aguentar a pressão. O caso de Ana não é isolado. Muitos técnicos recém ingressantes têm relatado situações de falta de capacitação e cobrança de resultados, o que acaba gerando insatisfação e falta de motivação. "Não se trata de querer tudo nas mãos, mas de ter um mínimo de acompanhamento", resume ela".

"A UFRGS não vêm com manual de instruções ", relata Rogério, técnico da Física, preocupado com a qualidade dos serviços prestados a comunidade. Para ele, as unidades deveriam fazer manuais de procedimento que garantissem que todos os colegas pudessem saber as tarefas, evitando assim que na ausência de um técnico, todo o trabalho ficasse parado. "As informações precisam ser coletivizadas".

Gestão democrática: docentes, técnicos e estudantes com mesmo peso de voto

Todas as queixas acabam caindo na necessidade da democratização da gestão. "A PROGESP deveria ouvir as demandas das unidades para fazer uma política de capacitação. Ninguém melhor do que os técnicos para saber o que os técnicos precisam saber para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Precisamos aprimorar isso para democratizar a gestão", afirma Tônia, técnica da Psicologia.

Atualmente, a composição dos conselhos, bem como a eleição para reitor obedece a Lei
Lei 9.192, que dispõe sobre a eleição de reitores, e diz no seu parágrafo terceiro, que em caso de consulta a comunidade acadêmica, ela deve ser feita obedecendo "o peso de setenta por cento para a manifestação do pessoal docente em relação à das demais categorias". Esta concepção de gestão que prioriza a vontade dos docentes sobre a vontade de técnicos e estudantes contraria a ideia de gestão democrática, uma vez que não pode haver democracia sem igualdade na tomada de decisão.

A ASSUFRGS defenderá no debate do PDI que a UFRGS se comprometa com a democratização de sua gestão atendendo a Lei
11.892, de 29/12/2008, que estabelece proporcionalidade paritária na manifestação acadêmica nos IFETS (atribuindo-se o peso de um terço para a manifestação do corpo docente, um terço para a manifestação dos servidores técnico-administrativos e de um terço para a manifestação do corpo discente). Basicamente, se nos IFETs pode, porque na Universidade não pode? A UFRGS, centro de excelência, formadora de opinião do Rio Grande do Sul e do Brasil, precisa dar esse importante passo no sentido da democratização de sua gestão, acompanhando Universidades como a UFSM, que já tem eleição paritária.

A última reunião dos técnicos deve acontecer nesta quinta-feira, dia 16 de setembro, às 14h, no Auditório do Direito. Para referenciar os debates, está se utilizando o documento construído pela FASUBRA em julho de 2005: "Universidade cidadã para os trabalhadores", um documento que aponta princípios e fins defendidos pelos técnicos para a Universidade.