sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CTB debateu Estatuto da Juventude com estudantes da FEEVALE

Auditório da FEEVALE lotado para debate sobre Estatuto da Juvntude promovido pelo DCE da FEEVALE com participação da CTB, CONAM e UNE. 
O coletivo de juventude da CTB participou ontem (22/08) de debate integrante da programação da calourada do Diretório Central de Estudantes da FEEVALE, em Novo Hamburgo. Com Auditório lotado de estudantes, roda de conversa em tom descontraído sobre um tema muito importante para a juventude e os trabalhadores:  "Estatuto da Juventude e mundo do trabalho". Pela CTB participou Luiza Bezerra, diretora da FETRAFI (Federação dos Trabalhadores dos Ramo Financeiro), Tiago Silva, diretor do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, e ainda Cris Pereira, que coordenou a conversa, sendo trabalhadora do telemaketing e estudante da FEEVALE. Participou ainda o conselheiro nacional de juventude pela CONAM Getúlio Vargas Júnior, Eliandro Cantini da prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, e Álvaro Lotterman da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Formato de debates com a cara da juventude
Em entrevista a redação da CTB, Tiago Souza elogiou a atividade: "Cara foi muito bom, não fizemos uma mesa oficial, os debatedores sentaram a frente
Getúlio CONAM, Alvaro UNE, Tiago e Luiza CTB.
da galera nas cadeiras, Getúlio fez uma ótima explanada sobre o estatuto da juventude. Eu a Luiza falamos da caravana de lutas da juventude, e principlamente sobre o trabalho decente  (trabalho penoso/trabalho forçado/trabalho degradante) e sobre as 40h", conta. 


Luiza Bezerra também falou entusiasmadamente da atividade: "Acredito que o formato estilo 'Altas horas' combinou muito com a juventude e deu dinâmica à conversa", avalia. E anuncia mais edições da Caravana em outras universidades: " O bom foi que todo mundo se pilhou para fazermos mais atividades com esse formato e temática.  Muito trabalho pela frente para invadirmos escolas e universidades", afirma. Outra edição da Caravana está marcada para o dia 29 de agosto na UNIVATES. 

A atividade foi elogiada ainda por Tiago Morbach, presidente do DCE da FEEVALE: "o auditório lotou e demonstrou que a juventude quer cada vez mais participar das decisões do país", avalia. Para a estudante secundarista Samantha Figueiró, o debate teve um caráter de aprendizado. ""Achei muito bom,com temas realmente importantes. Foi algo histórico na minha vida, por que eu sou apaixonada por politica e temas sociais", revela. E afirma entusiasmada que quer participar de mais debates: "Eu garanto que todos que me convidarem eu vou".

Caravana de Lutas da Juventude
A Caravana de Lutas da Juventude é uma iniciativa da CTB e da UJS e consiste em promover debates com a juventude sobre trabalho decente, educação e saúde, passe livre e reforma urbana, reforma política, democratização da mídia, reforma agrária, no marco da aprovação do Estatuto da Juventude. Em breve será lançada a agenda da Caravana em outras universidades e escolas, mas está confirmada uma edição na UNIVATES dia 29. Dia 04 de setembro a Caravana vai levar o fruto dessas conversas para uma Audiência Pública da Jornada de Lutas da Juventude na Assembleia Legislativa. 

domingo, 4 de agosto de 2013

"É preciso disputa permanente de ideias", afirma Altamiro Borges

A esquerda não pode confundir disputa de eleição com disputa de hegemonia. Ganhar eleição não significa ter hegemonia. É preciso disputar corações e mentes. Sempre. Essa ideia foi defendida pela palestra do jornalista Altamiro Borges na Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, realizada em São Paulo no Dia 19 de julho. Confira aqui fragmentos dessa fala que pode ser vista na ítegra clicando aqui

Os avanços dos dez anos de governo Lula-Dilma podem ter gerado a falsa impressão de que bastava manter o ritmo em velocidade constante para que o curso progressista continuasse, mas a movimentação das placas tectônicas da política em junho mostrou o contrário. O quadro se alterou e exige da esquerda política e social brasileira uma ação muito mais decidida. Essas mudanças deram uma chacoalhada na esquerda política e social brasileira, isso às vezes é bom pra saúde. Movimentos de junho começam com a bandeira do passe livre, mas depois ganha corpo a insatisfação da classe média, a mesma classe média que foi massa de manobra em 1964, mas essa insatisfação tem motivos reais, porque não se mexeu na estrutura da sociedade nesses dez ultimos anos. Nós temos que saudar os avanços mas eles não foram suficientes. A presidenta DIlma não joga na politização da sociedade, na disputa de ideias, joga numa visão tecnocrática de poder, como se política fosse técnica. Não faz essa disputa. Então não adianta reclamar que a moçadinha ta indo pra rua despolitizada, porque não se joga na polítização, não adianta reclamar que a pauta é difusa,  porque não se joga em nortes bem definidos. Não adianta nada reclamar. Volto a dizer, uma visão eleitoreira, achar que a política se resolve de dois em dois anos em urna. Eu vou citar o sociólogo português Boaventura Santos que diz que nós vivemos uma fase do capitalismo que se chama fascismo societário, pois a população elege, mas a mídia e a direita enquadram os governantes. Então se você não faz uma permanente disputa de ideias, você pode ter uma vitória eleitoral que se transforma em derrota política. Essas manifestações de junho mostram que esse ciclo é insuficiente. Para avançar, dois atores são importantes, um é o governo, que precisa sinalizar para onde está indo, e precisa ir mais para a esquerda, e outro ator são os movimentos sociais, que não pode ser nem esquerdista, e nem ter uma postura de pacificdade bovina diante desse governo. No dia 11 de julho, quando os trabalhadores em união entraram em cena, já mudou o quadro da disputa, nós começamos a disputar a agenda, o simbólico. Esse jogo mudou. Depende da postura do governo e depende da postura dos movimentos sociais.