sexta-feira, 13 de março de 2009

Rádios Comunitárias

Rádio Perifa (89.3 FM): Aqui os manos e as minas têm voz!


A Rádio Nova Santa Marta(89.3 FM), de Santa Maria/RS é comunitária como tantas que existem. Irradia as expressões da gente humilde de uma das maiores ocupações urbanas do país. O programa Rádio Perifa, dos rappers Magrão e MC Borracha, procura ser a voz dos manos e das minas da periferia, todos os domingos, das 18 às 19h.



Na foto, MC Borracha (ao centro) e Magrão (à dir.), apresentadores do Rádio Perifa, do 89.3 FM de Santa Maria/RS



Acabei de conversar por telefone com os rappers MC Borracha e Magrão, que tem um grupo de rap intitulado “Guerrilheiros da Perifa”. Eles são do Alto da Boa Vista, uma das sete vilas que compõem o Bairro Nova Santa Marta, em Santa Maria/RS.



Eles estão muito animados com o Programa de rádio que estão fazendo na Rádio Nova Santa Marta (89.3 FM). O programa é exibido ao vivo todos os domingos, das 18 às 19h. “Nas rádios comerciais não toca rap nem funk, mas aqui os manos e as minas têm voz”, garantem os organizadores do programa. A idéia do programa é valorizar as produções das pessoas da periferia.



Segundo Borracha e Magrão, o Rap é uma manifestação da periferia que ainda é muito criminalizada pela grande mídia. A idéia de que “rap é coisa de bandido” ainda é dominante. Na Rádio Perifa, a idéia é mostrar a verdadeira cara do rap. Sobre a mídia burguesa que ainda trata o rap como coisa de bandido, Borracha e Magrão disparam o verbo: “se ser bandido é lutar pelo povo e família e pelo direito de viver com dignidade e acima de tudo igualdade, então vocês podem nos considerar os maiores bandidos de Santa Maria”.





Mais democracia para as rádios comunitárias

No Fórum Social Mundial, que ocorreu recentemente em Belém, o governo Lula prometeu a realização de uma Conferência Nacional de Comunicação. Já estava mais do que na hora. É preciso construir uma outra política de comunicação que garanta espaço para as rádios comunitárias. Hoje em dia, elas são muito perseguidas e tratadas como criminosas.

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