terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009 Blog Igor de Fato


2009: Sempre quis falar, agora tive chance!


O ano de 2009 entrará na história fundamentalmente como o ano da afirmação dos direitos daqueles que antes não tinham direito a comunicação. Tanta coisa aconteceu! O blog Igor de Fato procurou acompanhar um grande número de fatos, na busca incessante pela democratização da comunicação, dando sua contribuição nesse fenômeno gigantesco que é a onda democratizante da blogosfera, com os blogs que se proliferam possibilitando que a liberdade de expressão se amplie.

Na luta das rádios comunitárias, da escola itinerante do MST, do movimento negro, do movimento LGBTT, das políticas públicas de juventude, das comunidades por esporte, do movimennto estudantil, hip hop, cursinhos populares, e pautas gerais como a democratização da comunicação e a luta pelo pré sal é nosso, estivemos dando destaque a um fenômeno radicalmente novo: "aqueles que antes não podiam falar, agora estão tendo chance". 2009 preparou um 2010 cheio de esperança para aqueles que acreditam ser outro mundo possível. Boas festas!
"Sempre quis falar, nunca tive chance. Tudo que eu queria estava fora do meu alcance. Já faz um tempo, mas eu gosto de lembrar (...)." Charlie Brown Jr.

Blogosfera: parte da "onda de democratização de comunicação"

O advendo dos blogs propiciou o que o jornalista Willian Araújo, autor do blog Opinião Oposta, chama de "quebra de paradigma da comunicação". "Antes da internet, poucos tinham suas vozes vinculadas em uma mídia de alto alcance. Com exceção de seções de cartas dos leitores, o consumidor da informação não tinha espaço algum para vincular suas idéias", explica Araújo. Com a internet, e principalmente a criação da ferramenta blog, "qualquer um tem um bom espaço para vincular suas idéias e compartilhar conhecimentos".

O fenômeno da blogosfera é só uma faceta do que se pode chamar de "onda da democratização da comunicação" que ocorreu fortemente durante todo o ano de 2009, culminando, em dezembro, com a realização da Conferência Nacional de Comunicação. Nessa "onda", setores organizados dos movimentos populares pautaram vivamente a mudança dos marcos regulatórios da comunicação no país, no sentido de possibilitar a garantia do direito humano a comunicação. O blog Igor de Fato acompanhou isso.

A contribuição de nosso blog para a democratização da comunicação

Já em março postamos matéria sobre o Programa "Rádio Perifa", da Rádio Nova Santa Marta, de Santa Maria/RS (89,3 FM), ressaltando a importância da descriminalização das rádios comunitárias. Durante o ano, a Rádio Nova Santa Marta foi fechada e retornou ao ar somente em novembro, às portas da CONFECOM, que conseguiu aprovar a resolução histórica: o Fundo de apoio a essas emissoras. (Leia mais sobre as bandeiras históricas aprovadas na CONFECOM clicando aqui).

Um blog de Santa Maria/RS

O blog Igor de Fato teve o cuidado de preferencialmente ser um blog local, que pautasse notícias e artigos fundamentalmente da realidade de Santa Maria/RS. Desta forma, noticiamos:

Saldo de 2009 e perspectivas para 2010

Nosso blog encerra seu primeiro ano de vida com saldo positivo. 2010 é ano para avançar. Mudanças vem aí, no que diz respeito a método e estrutura. Mas uma coisa permanecerá: a luta pela democratização da comunicação. Obrigado a todos que ajudaram a construir o blog neste ano. 2010 tem mais!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Movimento estudantil

"O Pré-sal é nosso!" - Entrevista com o presidente eleito da UBES


O 38º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) terminou em clima de festa, neste domingo (13/12), ao dar a vitória à chapa "O Pré-Sal é nosso", liderada pelo estudante manaura Yann Evanovick. Aos 19 anos, ele chega à presidência da entidade dos secundaristas brasileiros forjado em grandes mobilizações pelo direito da meia-passagem, ameaçado na capital amazonense. A união de forças entre os movimentos Arrastando Toda a Massa, Mutirão, Kizomba, CNB, Mudança, JSB e PTB alcançou 980 votos, 82% do total. A chapa Rebele-se, formada por militantes do PCR e também com votos da corrente O Trabalho, obteve 214 apoiadores.

Acompanhe entrevista com o presidente eleito, Yann Evanovick:

Portal UJS: Você assume a UBES 25 anos após a lei do grêmio livre e, coincidentemente, à época a UBES também teve uma amazonense na presidência. Qual o simbolismo disso? O que a gestão planeja para fortalecer a rede de grêmios estudantis?

Há 25 anos, minha conterrânea Selma presidia a UBES numa transição para o regime democrático. Um amazonense voltar a presidir a UBES agora tem muito simbolismo, devido a tradição de lutas do norte do Brasil. Essa gestão deverá testar ainda mais o poder de mobilização e organização da UBES realizando o Encontro Nacional de Grêmios. Nunca foi feito um encontro desse tipo. Para ter êxito em todos os enfrentamentos que a UBEs terá que encampar, é necessário que a base esteja muito preparada e coesa. Por isso, esse é um compromisso que essa nova gestão terá de cumprir.

Portal UJS: Em Manaus, grandes mobilizações estudantis aconteceram em 2009 e isso foi um fator importante para sua consolidação como liderança. Dá para pensar em grandes mobilizações em todo o país?


Acho que sim. O que aconteceu me Manaus foi um grande movimento de massa que aglutinou estudantes e a sociedade. Recebemos da gestão cessante esta grande bandeira de luta que é o 50% do [Fundo] Pré-Sal para a educação. O pré-sal deve ser a grande bandeira, que vai colocar muitos estudantes na rua. E não apenas estudantes, mas toda a sociedade, pois todos concordam que o forte investimento em educação é fundamental para o país que queremos construir. O Congresso da UBES demonstrou isso, com muita unidade de todas as correntes em torno desta proposta, o que nos dá gás para começar pisando ainda mais no acelerador das mobilizações.

Portal UJS: Politicamente a gestão tem alguns desafios centrais, que pautaram os debates de todo o Congresso da UBES. Um deles você acaba de abordar, a conquista de 50% do Fundo do Pré-Sal para a educação, mas existem outros, como ser protagonista da disputa eleitoral de 2010. Como dar conta desse recado?

O pré-sal é o carro-chefe, porque consegue pautar o papel do Estado no desenvolvimento e
atacar o problema do financiamento da educação. Mas muitas outras coisas importantes estão acontecendo. Já agora acontecerá a Conferência Nacional de Educação, que é um desafio para os movimentos. A gestão que se encerrou participou ativamente da construção, nas etapas municipais e estaduais. Essa nova gestão tem o dever de construir o PNE [Plano Nacional de Educação] que vai nortear a política educacional do Brasil para os próximos 10 anos. Temos que aprovar os 10% para educação e construir o Sistema [Nacional Integrado]. Será um momento muito importante para a UBES.

Deveremos trabalhar para organizar os estudantes de toda a base da UBES. As eleições serão um momento decisivo para o país. A UBES deve pautar o processo e não ser pautada. Deve reconhecer os avanços que aconteceram graças à luta dos estudantes, mas cobrar muito mais porque o Brasil precisa mais e pode muito mais. Para tudo isso acontecer, será preciso muita mobilização, passeatas, passar muito em sala de aula para contagiar a galera secundarista a entrar nessa disputa.

Portal UJS: A grande mídia tem adotado uma postura de criminalização dos movimentos. Como resistir a isso?

A UBES vai jogar um papel, junto a outras organizações, de não medir os esforços para combater a criminalçização dos movimentos sociais, já que uma parcela da elite, infelizmente, ainda trata as reivndicações como caso de polícia. Tanto quanto a Conferência de Educação, a Confecom [Conferência Nacional de Comunicação], que está acontecendo agora, saiu porque é fruto de um debate histórico dos movimentos sociais. Ontem, na Globo, a grande mídia já demonstrou seu vigor para combater a democratização. Eles não a reconhecem e criticam, mas nós participamos e vamos lutar para que propostas avançadas sejam aprovadas e implementadas. Não pode ficar como é hoje, que os grandes meios [de comunicação] falam o que querem, fazem o que dá na telha e acabam faltando com a verdade. A UBES está na luta para mudar este estado de coisas e democratizar a mídia, torná-la mais plural, mais condizente com a diversidade brasileira e, principalmente, aberta à sociedade, pois é concessão pública e não pode ser conduzida como se fosse particular.

Fernando Borgonovi, para o Portal UJS.

Veja também o álbum de fotos do 38º Congresso da UBES aqui.

sábado, 19 de dezembro de 2009

10 anos de Práxis, correção de informação

Primeira "mina" do beat box de Santa Maria/RS também homenageou o Práxis

Em tempo, graças a ajuda do Magrão e da própria Gabi, estou acrescentando uma informação importante sobre as homenagens aos 10 anos do Práxis. Na matéria do dia 16 de dezembro, eu não citei que a Gabriela, estudante secundarista da escola Paulo Lauda, também estava prestando sua homenagem ao Práxis no dia 11 de dezembro na Catacumba.

"Não sou mc mas
eu também homenageei o praxis por que um dia sei que vou passar por lá, eu tava fazendo beat box!!!", lembrou Gabriela. Muito bem lembrado Gabi, desculpa a falha. Tá registrado. Abaixo, segue a mesma foto da homenagem, agora com a legenda certa, citando a Gabriela, primeira artista mulher do beat box de Santa Maria/RS, que também estava prestigiando o Práxis Coletivo de Educação Popular. E também, para quem não sabe o que é beat box, tem um link para um texto que explica, e pra completar, um video com um show de beat box da Família Pavilhão Brasil, pra galera que acompanha o Blog Igor de Fato! poder curtir uma palhinha da arte beat box. Paz.


O que é beat box? Saiba mais clicando aqui.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

10 anos de Alternativa

10 anos de Alternativa para quem o sistema não oferece alternativas

Vencedor do Prêmio "Mérito extensionista Dr. José Mariano da Rocha Filho 2009", o PVP alternativa já completa 10 anos de contribuição na luta pela democratização do ensino superior. Leia mais sobre o Alternativa clicando aqui.



O Pré Vestibular Popular Alternativa é um Projeto de Extensão da UFSM que visa o acesso consciente ao ensino superior. É destinado a pessoas comprovadamente carentes, não tem fins lucrativos e é totalmente gratuito. Tem como princípios o desenvolvimento educacional, a inclusão social, o acesso ao ensino superior gratuito e de qualidade.

O Alternativa visa promover a interação entre comunidade acadêmica e a comunidade local, tornando possível, através de atividades extracurriculares, o crescimento de futuros professores e futuros universitários, resultando na formação de agentes sensibilizados para os problemas da educação em nossa sociedade.

As atividades desenvolvidas pelo Projeto são realizadas através do trabalho voluntário de estudantes de graduação e pós-graduação da UFSM e de outras IES de Santa Maria, que além das aulas promovem atividades complementares, como simulados, oficinas, exibição de filmes, sarau, tendo contato com o contexto educacional ainda durante sua formação.

Ao comemorarmos os dez anos do PVPA propomos a reflexão em torno da relevância social do Projeto após uma década. O Alternativa só existe por que o acesso ao Ensino Superior no Brasil ainda tem caráter elitista, uma vez que beneficia menos de 15% da juventude, em detrimento de uma maioria que não possui a alternativa de ingressar no ensino superior, especialmente numa universidade pública como é o caso da UFSM.

Nesses dez anos de atuação o trabalho desempenhado pelo PVP Alternativa além aumentar as condições de disputa por uma vaga no ensino superior de estudantes carentes, contribuiu na formação de muitos profissionais formados pela UFSM.

fonte: http://alternativadeletras.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

10 anos de Práxis

"Minas" homenageiam Coletivo de Educação Popular

As rappers Flavinha e Janna soltaram a voz na Catacumba no dia 11 de dezembro. O espaço da boate do DCE da UFSM teve a presença das artistas, que já participaram do cursinho, na festa comemorativa aos 10 anos do Coletivo de Educação Popular Práxis. A comemoração coroou uma semana que teve debate com movimentos organizados e professores universitários sobre educação popular e movimentos sociais. Confira no blog Igor de Fato!, na íntegra, a letra da música de autoria das artistas do movimento hip hop de Santa Maria/RS. (O que é Práxis? Saiba mais clicando aqui).


Popular,*

Educação popular

Educação para a vida


Satisfação

Vamos invadir a tua casa então

Pra rimar a poesia de quem acredita

De quem se liga na fita, quem corre atrás e quem grita

A injustiça dos homens não conseguiu nos calar

Eu quero mais é correr atrás pra poder formar

Opinião crítica, subversão

O mundo não é o bastante, queremos revolução

Educação de verdade se faz com o povo unido

Aqui além da luta eu encontrei amigos

Já faz um tempo mas eu lembro como começou

Muita galera em duas salas a gente embolou

E foi com giz, apostila e muita atitude

E a oposição ao sistema que só ilude

Não somos vítimas, queremos conhecimento

A todos os filhos da periferia e seus rebentos

Comida na mesa não é luxo, entenda

Por isso aqui também rolou geração de trabalho e renda

Musica, teatro, é necessidade

Eu tenho fome de cultura e liberdade

Nosso transporte também foi uma conquista

Foi bem difícil mudar o ponto de vista

Daqueles que se intitulam os donos da justiça

Quem tem coragem olha pra cá, vem somar resista

Pois sem política não se faz educação

Quero chegar lá mas sem esquecer então

Que Universidade rima com coletividade

A inclusão e a informação na contemporaneidade

Não é só minha, nem só tua, ela é de todos nós

É com conhecimento que seremos a voz

Que gritará e ficará na memória

Parabéns ao Práxis e seus 10 anos de história


Popular

Educação Popular

Educação para a vida


*Flavinha Manda Rima (ex-educanda e educadora do Práxis Coletivo de Educação Popular e Mary Janna, ex-educanda do Práxis Coletivo de Educação Popular)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Educação


Governo Lula x Governo Yeda na educação: concepções antagônicas sobre o papel do Estado
por Igor Corrêa Pereira*




Aqui no RS, temos um excelente panorama de duas visões antagônicas sobre o compromisso do Estado com a educação. Enquanto nossa governadora faz das tripas coração para "cortar gastos", procurando tanto quanto possível eximir o Estado do "peso" de investir no desenvolvimento do ensino, o governo Lula aprova medidas que ampliam investimentos e realizações do setor público na área. Em choque, o papel do Estado na educação: para o campo de Yeda, liderado pelo PSDB, a visão neoliberal do Estado Mínimo. Para o campo de Lula, liderado pelo PT, uma concepção de viés desenvolvimentista.

Morar no RS é um laboratório prático de gestão educacional, por que vivemos na pele duas concepções antagônicas de políticas educacionais. Uma conduzida pelo governo Yeda, do PSDB, outra conduzida pelo governo Lula, do PT. Nesse breve texto vou me abster de criticar denúncias de corrupção de ambos os governos, deixo isso para os fóruns competentes. Quero discutir projeto de Estado, que me parece mais importante, e principalmente projeto de Estado no que diz respeito a educação, tema central para qualquer país que se pretenda desenvolvido.

Yeda procura cortar gastos com educação

Pergunte aos pais de alunos, aos próprios alunos, e professores das escolas gaúchas e você terá ideia do cenário que a política educacional de Yeda proporciona. Arrocho salarial dos professores, inanição de recursos para merenda, laboratórios, material escolar, etc. Perseguição a professores grevistas, falta de diálogo e respeito a gestão democrática, e por aí vai. A lista é longa, não cabe aqui rememorar. O que vale dizer é a linha geral da equação que movimenta o governo Yeda: educação é gasto, meta é cortar gasto, logo, cortar recursos para educação.

Os argumentos poderiam até convencer, e de certa forma convenceram por um tempo. Não fosse isso, Yeda não teria sido eleita. O discurso da "responsabilidade fiscal", do "déficit zero", "choque de gestão", é um canto da sereia que pegou e ainda pega muita gente. Mas todas essas expressões fazem parte do palavrório de um determinado projeto de Estado, que é o projeto neoliberal. Para este projeto, o Estado, o setor público, deve se comprometer o mínimo possível com a educação. Este é o projeto do PSDB para o Estado brasileiro.

Lula amplia investimentos em educação

Quem examinar por exemplo o ensino superior público, sob controle do governo Lula, percebe que a lógica adotada é inversa a do governo estadual. Enquanto que Yeda quer "cortar gastos", Lula "amplia investimentos" no setor. Só com o REUNI, o Governo destina R$ 2 bilhões para as federais, o maior investimento em universidades federais das últimas décadas. 12 universidades públicas novas foram construídas, dentre elas duas no RS, a UNIPAMPA e a CESNORS, universidades criadas sob a lógica da redução das desigualdades regionais. Os investimentos não param por aí. A lista também é longa, passa pela duplicação de recursos na educação básica, com o FUNDEB, pela criação de um piso nacional salarial do magistério, pelo fim da Desvinculação de Receitas da UNião (DRU), entre outras medidas importantes. Vale destacar a lógica da equação do governo Lula: educação é investimento para desenvolver o país, logo, ampliar recursos para a educação é uma meta.

A julgar pelas políticas educacionais do governo Lula, como o Plano de Desenvolvimento da Educação, é a lógica desenvolvimentista que norteia suas ações. Há aqui o embrião de um projeto de desenvolvimento que recoloca o Estado como indutor do processo, relembrando momentos como o governo Getúlio Vargas, que criou as primeiras universidades brasileiras, e contrastando com FHC, que estimulou o crescimento do ensino superior privado no Brasil.

Yeda (PSDB) x Lula (PT): diferença é de partido, não de pessoas

Embora pessoalmente eu não simpatize muito com a sizuda Yeda, e embora eu "vá com a cara" do carismático operário-presidente, a diferença de visões da educação pouco tem a ver com Lula ou Yeda como pessoas. A diferença é de partido mesmo, é de programa, é de projeto.

Com isto quero dizer, que na hora de votar, esse recorte é importante. Se você concorda que seus impostos não devem servir para ampliar salário de professor, então vote no PSDB. Mas não me venha votar porque acha fulano ou sicrano simpático, ou carismático, ou sei lá o quê. Existem projetos antagônicos de Estado que estão em confronto, e esses projetos envolvem, de um lado, o PSDB e seus partidos aliados, e de outro o PT e seus partidos aliados. Com isso, não quero reduzir a complexidade de nossa democracia, existem outras visões que fogem dessa polarização, mas elas não são capazes de se apresentar como alternativa real.

Na educação, você quer cortar gastos ou ampliar investimentos? E isso que deverá estar em debate em 2010.




* Igor Corrêa Pereira é especializando em Gestão Educacional pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

domingo, 6 de dezembro de 2009

Políticas Públicas de Juventude

Política e juventude: dinheiro na meia ou para mudar o Brasil? Quem decide?


Pude participar ontem, dia 05 de dezembro, a partir das 09h30min, de um Seminário do PCdoB sobre políticas públicas de juventude. Gostaria que muitas pessoas pudessem ter tido a mesma oportunidade que tive, de ver a deputada Manuela D'Ávila, relatora da Comissão Especial sobre o Estatuto da Juventude da Câmara dos Deputados, e Danilo Moreira, Secretário Adjunto da Sec.Nacional de Juventude do governo Federal. De ouvir ainda Alexandre Santini, Consultor do Ministério da Cultura, além do Coordenador do Fórum de Juventude da FAMURS, Roger Correa, o Secretário Mun. de Esporte Cultura e Juventude de Alvorada, Nelson Flores e Matheus Junges, vereador do PCdoB de Cidreira.

Ali estavam jovens que participavam da política. Para muitos, ali estavam jovens malucos ou potencialmente corruptos, já que está na moda associar política a corrupção. Será?

O que é política? É dinheiro na meia? É dinheiro na cueca? Ou é dinheiro na educação? Na saúde? Na cultura? No esporte? Na geração de empregos?

Não existe resposta fácil para esta pergunta, por que essa resposta está permanentemente sendo disputada. Isso é política. É disputa de opinião, sobre que rumo deve tomar a sociedade. Política é o espaço público por excelência de tomada de decisões.

Slide 2

Converso com muitos amigos que me dizem que tem medo ou vergonha de participar da política, porque acham que política é o sinônimo de dinheiro na meia. O que esses amigos não conseguem visualizar é que o dinheiro na meia só existe porque a sociedade ainda participa pouco da política. Não é feio participar da política. A política é o espaço público por excelência de tomada de decisões sobre os rumos que devem tomar a educação, a criação de empregos, iniciativas culturais, enfim, coisas que dizem respeito ao cotidiano dos jovens. Se não participamos disso, estamos sendo manipulados por outros. Omitir-se é ser cúmplice com o dinheiro na meia.

Quando tinha 17 anos, participava de uma banda que tinha uma música, intitulada, "O que fazer?". Nessa música dizia tudo que milhares de jovens alegretenses e de outros rincões do estado e país sentiam e ainda sentem, que é a total falta de perspectivas, de saber o que fazer, o que querer, para onde ir. Hoje, sete anos depois, descobri que aquela angústia pessoal do nosso grupinho de amigos era uma angústia de milhões de jovens, e que a sua solução passava pela política. Quantos jovens não tem o que fazer por que não tem acesso a educação, a um emprego digno, ao desenvolvimento de suas potencialidades artísticas, esportivas, entre outras?

Não sou cúmplice com dinheiro na meia. Justamente por isso nunca vou deixar de participar da política, porque quero contribuir para que o dinheiro do povo contribua para aproximar os sonhos o povo da realidade.


Sobre dinheiro na meia, leia ainda:
UJS/DF se mobiliza pelo impeachment do governador Arruda

domingo, 15 de novembro de 2009

Estatuto da Igualdade Racial

Estatuto da Igualdade Racial é tema de debate em Santa Maria/RS

Na última sexta (12 de novembro), o presidente da Nação Hip Hop Brasil de Santa Maria/RS Nêgo Lula se reuniu com Associação Treze de Maio para debater o Estatuto da Igualdade Racial. O encontro ainda teve a presença do Deputado Raul Carrion e do dirigente estadual da Nação Mano Oxi foi uma audiência para discutir o Projeto de Lei 38/2009, que trata sobre o Estatuto da Iguadade Étnico/Racial e de Controle de Intolerância Religiosa, e é a versão estadual do Estatuto nacional aprovado na congresso. A ideia é articular diferentes atores dos movimento negro no momento em que se dicutem avanços no combate ao racismo, como o Estatuto da Igualdade Racial.


O que é Associação dos Amigos do Museu Treze de Maio?


As
sociação que desenvolve trabalho no primeiro Museu Comunitario Afro
do Rio Grande do Sul Museu Treze de Maio situado na cidade de Santa Maria. Desenvolve um trabalho com o patrimonio imaterial com corte racial. Trabalha com o jovem, resgatando a identidade e cultura afro, por meio de oficinas de capoeira, dança, percusão e teatro.

A importância do Estatuto da Igualdade Racial


Em música rapper "Nêgo Lula" denuncia violência policial contra população negra.

Resgate da cultura, da história e do orgulho e respeito da população negra. Estes foram fatores levantados por Jorge Marinho, da Associação Treze de Maio, e Nêgo Lula, da Nação Hip Hop, sobre a aprovação do Estatuto. Jorge lembra que as escolas de educação básica ainda ensinam, hegemonicamente, a história do mundo e do Brasil pela perspectiva dos brancos europeus, o Estatuto define a importância de contar a história sob a perspectiva africana e també indígena. Ja o rapper Nêgo Lula, que escreveu várias letras denunciando que os negros são muitas vezes perseguidos pela polícia só pela cor da pele, tem expectativa que o Estatuto possa fazer que os policiais deixem de perseguir os negros só por preconceito.


RS: 14ª Marcha dos Sem e 3ª Marcha Zumbi dos Palmares ocorrem nesta sexta-feira Porto Alegre recebe a 14ª Marcha dos Sem e 3ª Marcha Zumbi dos Palmares nesta sexta-feira (20). Participantes devem realizar caminhada pelas ruas da capital e um grande ato está marcado em frente ao Palácio Piratini. Leia mais.

LEIA AINDA:
Educação e Igualdade racial são debatidos em Santa Maria

domingo, 8 de novembro de 2009

Ato Médico

Estudantes da saúde questionam o Ato Médico


Na ULBRA e na UFSM, estudantes estarão organizando eventos para debater e questionar a lei do ato médico, aprovada recentemente na Câmara. Para esses estudantes, o projeto de lei 7.703/06, que dispõe sobre o exercício da medicina prejudica as competências das demais profissões regulamentadas da área de saúde. Não ao ato médico. Sim equipe multidisciplinar”, defendem estudantes.


A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei do Ato Mé­­dico (7.703/06), que regulamenta a atividade médica no país. Pelo texto, o diagnóstico nosológico (identificação da doença ou disfunção, através de avaliação de sintomas e sinais) e a prescrição de tratamento de doenças passam a ser atividades privativas dos formados em Medicina. O texto aprovado é um substitutivo da Comissão de Trabalho da Câmara, do relator Edinho Benz (PMDB-SC), com as alterações propostas pela Comissão de Seguri­­dade Social e Família. A proposta voltará para a análise do Senado.


Para o Conselho Federal de Medicina, defensor do Ato Médico, o diagnóstico e o tratamento são prerrogativas médicas. Já para os demais profissionais e estudantes da saúde, da forma como o texto foi aprovado, há o risco das outras atividades ficarem submetidas às indicações médicas. A alegação dos contrários ao Ato é a de que para que um nutricionista ou fisioterapeuta, por exemplo, possam atuar, precisarão primeiro passar pelo crivo de um médico, cerceando e hierarquizando a saúde.


Debates nas universidades


As universidades estão discutindo a lei. Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e na Universidade Luterana do Brasil, (ULBRA) por exemplo, ocorrerão seminários organizados por estudantes para debater a multidisciplinaridade da saúde e o ato médico em si.


Na UFSM o seminário multidisciplinar de saúde

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cotas nas universidades




COTAS: UMA NOVA CONSCIÊNCIA ACADÊMICA





Professor da UnB José Jorge de Carvalho denuncia: "A África do Sul, ainda nos dias do apartheid, já tinha mais professores universitários negros que nós temos hoje".

O blog Igor de Fato! reproduz fragmentos do artigo "Cotas: uma nova consciência acadêmica", onde o antropólogo José Jorge de Carvalho denuncia a sub-representação dos negros no quadro docente das principais universidades do Brasil. Leia a íntegra do artigo no blog UNE Combate ao Racismo.

"(...) A Universidade de Brasília tem 1.400 professores e apenas 14 são negros". É 1% de professores negros na UnB.

E quantos são os docentes negros da USP? Dados recentes indicam que, de 5.434 docentes, os negros não passam de 40. Pelo censo de identificação que fiz em 2005, a porcentagem média de docentes negros no conjunto das seis mais poderosas universidades públicas brasileiras (USP, Unicamp, UFRJ, UFRGS, UFMG, UnB) é 0,6% (...)

Para contrastar, a África do Sul, ainda nos dias do apartheid, já tinha mais professores universitários negros do que nós temos hoje. Se não interviermos nos mecanismos de ingresso, nossas universidades mais importantes poderão atravessar todo o século 21 praticando um apartheid racial na docência praticamente irreversível.

É esta a questão central das cotas no ensino superior: a desigualdade racial existente na graduação, na pós-graduação, na docência e na pesquisa. Pensar na docência descortina um horizonte para a luta atual pelas cotas na graduação.

Enquanto lutamos para mudar essa realidade, um grupo de acadêmicos e jornalistas brancos, concentrado no eixo Rio-São Paulo, reage contra esse movimento apontando para cená
rios catastróficos, como se, por causa das cotas, as universidades brasileiras pudessem ser palco de genocídios como o do nazismo e o de Ruanda!

Como não podem negar a necessidade de alguma política de inclusão racial, passam a repetir tediosamente aquilo que todos sabem e do que ninguém discorda: não existem raças no sentido biológico do termo.

E, contrariando inclusive todos os dados oficiais sobre a desigualdade racial produzidos pelo IBGE e pelo Ipea, começam a negar a própria existência de racismo no Brasil.

Fugindo do debate substantivo, os anticotas optam pela desinformação e pelo negacionismo: raça não existe, logo, não há negros no Brasil; se existem por causa das cotas, não há como identificá-los; logo, não pode haver cotas.


Raças não existem, mas os negros existem, sofrem racismo e a maioria deles está excluída do ensino superior. Felizmente, a consciência de que é preciso incluir, ainda que emergencialmente, só vem crescendo -por isso, a presente década pode ser descrita como a década das cotas no ensino sup
erior no Brasil. Começando com três universidades em 2002, em 2009 já são 94 universidades com ações afirmativas, em 68 das quais com recorte étnico-racial.

Vivemos um rico e criativo processo histórico, resultado de grande mobilização nacional de negros, indígenas e brancos, gerando juntos intensos debates, dentro e fora de universidades. Os modelos aprovados são inúmeros, cada um deles tentando refletir realidades regionais e dinâmicas específicas de cada universidade.

Essa nova consciência acadêmica refletiu positivamente no CNPq, que acaba de reservar 600 bolsas de iniciação científica para cotistas. Se o século 20 no Brasil foi o século da desigualdade racial, surge uma nova consciência de que o século 21 será o século da igualdade étnica e racial no ensino superior e na pesquisa".


(Folha de SP, 17/9)

TE LIGA!


Dia 20 de novembro de 2009, em Porto Alegre, ocorre a III Marcha Estadual Zumbi dos Palmares. Maiores informações em
http://3marchazumbirs.blogspot.com/.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Democratização da mídia

Liberdade de imprensa ou liberdade de empresa?


Jornal da UFRGS trata de maneira incompleta a questão da liberdade de imprensa, dando maior evidência a versão dos empresários da mídia de que liberdade de imprensa equivale a liberdade de empresa.


A matéria “Entre a regra e a censura”, publicada no Jornal da Universidade de outubro, tratou de maneira incompleta a discussão que envolve as empresas privadas de comunicação e vários governos democráticos e movimentos sociais da América Latina.

No texto existe prioritariamente um único argumento, que defende ser a liberdade da imprensa privada um critério de democracia. Essa é a visão das grandes empresas privadas de comunicação, entre elas o Clarín da Argentina, a Globo no Brasil e por aí vai. No entanto esse argumento tem sido questionado em toda a América Latina, e a matéria deu atenção secundária a essa outra visão.

A matéria evidencia a Sociedade Interamericana de Imprensa, um órgão dos patrões das empresas midiáticas, omitindo espaço para outras visões, como o Fórum Nacional de Democratização de Comunicação, no Brasil, e a própria Conferência Nacional de Comunicação, que ocorrerá no país em dezembro.

Se tivesse recorrido a essas fontes, citaria que para várias entidades da sociedade civil imprensa livre não é sinônimo de empresa privada. Segundo o sociólogo Emir Sader, por exemplo, “Imprensa centrada na empresa privada significa a subordinação do jornalismo a critérios de empresa – lucro, custo-benefício, etc., etc., a ser financiado por um dos agentes sociais mais importantes – as grandes empresas. O que faz com que a chamada imprensa 'livre' seja, ao contrário, uma imprensa caudatária dos setores mais ricos da sociedade, presa a seus interesses, de rabo preso com as elites dominantes”.

Desta forma, para esta visão, uma imprensa livre não pode ser controlada só pela lógica empresarial, mas deve ser pública, de propriedade social e não hegemonicamente privada. Esta é uma proposta que esta sendo discutida no processo de construção da Conferência Nacional de Comunicação, que pode encaminhar propostas no sentido do fortalecimento de uma imprensa realmente livre.

Como condição para a preservação da democracia própria de um veículo de imprensa não-privado, o Jornal da UFRGS precisa abrir espaço para a Conferencia de Comunicação, que contrapõe diretamente às ideias da Sociedade Interamericana de Imprensa. Permitir o contraditório é sem dúvida um critério de democracia que contribui para garantir ao leitor um panorama mais preciso da polêmica que está sendo travada pela sociedade.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Diversidade Sexual

Porto Alegre realizou neste domingo, 25 de outubro, a 13ª Parada Livre

Milhares de pessoas comemoraram os 13 anos de Parada Livre, em Porto Alegre, que foi realizada no último domingo, 25 de outrubro, na Redenção. "São 40 anos de movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e nossas demandas continuam atuais. Há muita violência contra nós e pouquíssima política pública, o que nos deixa muito vulneráveis, por isso escolhemos este ano o tema "Direitos sim, violência não", sintetiza Marcelly Malta, coordenadora geral da ONG Igualdade.



Bandeiras do arco-íris, mais de 10 trios elétricos, artistas como Dandara Rangel, Laurita Leão e Glória Cristal, Djs como Udo Werner e Samuel Thomas animaram a festa e levaram milhares de pessoas para comemorar os 13 anos de Parada Livre, em Porto Alegre, que foi realizada no último domingo, 25 de outrubro na Redenção, onde ocorre todos os anos e, também, para marcar esta data, que é, acima de tudo, um dia de luta pelos Direitos Humanos de LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Marcelly Malta, coordenadora geral da Igualdade, que é uma das organizadoras do evento, afirma "são 40 anos de movimento LGBT e nossas demandas continuam atuais. Há muita violência contra nós e pouquíssima política pública, o que nos deixa muito vulneráveis, por isso escolhemos este ano o tema "Direitos sim, violência não", sintetiza.

No ano passado, dados do movimento LGBT apontam que 190 homossexuais foram assassinados no país, o que representa mais de um a cada dois dias. O número registra um aumento de 55% em relação a 2007, quando foram notificados 122 homicídios de LGBT. Em 2008, os gays foram a maior parte das vítimas (64%), enquanto as travestis e transexuais representaram 32%, e as lésbicas, 4%.

Por isso que autoridades de peso que trabalham com Direitos Humanos participaram e entraram firme na luta contra a homofobia. O dr. Paulo Leivas, Procurador da República e a dra. Marcia Medeiros, Procuradora do Ministério Público do Trabalho; além de ativistas nacionais, tais como Toni Reis, presidente da ABGLT - Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bisexuais e Travestis e de Rafaelly Weist, da ANTRA - Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, marcaram presença.

Neste ano mais uma vez os grupos LGBT gaúchos estão mostrando amadurecimento e união. A Coordenação Geral está sob a responsabilidade da Igualdade - Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul, mas também compõem a comissão organizadora os grupos Nuances - Grupo Pela Livre Expressão Sexual; SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade; Liga Brasileira de Lésbicas da Região Sul e URSUL.

Nesta 13ª edição da Parada Livre o evento conta com o apoio do Ministério da Saúde, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através das Secretarias de Saúde e de Direitos Humanos e Segurança Urbana; do Governo do Estado do RS e da RNP - Rede Nacional de Pessoas que Vivem com HIV/Aids.


Fonte: Portal Athos GLS http://www.athosgls.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Esporte e cidadania

Gol da Aliança!


O Aliança do Núcleo Central, time de futebol amador da 2ª Divisão do Campeonato Citadino de Santa Maria/RS, é uma realização da comunidade do Núcleo Central, vila do Bairro Nova Santa Marta em Santa Maria/RS, mostrando que o esporte é muito mais do que competição, é inclusão construtiva na sociedade.

Para uma comunidade de periferia como a comunidade da vila do Núcleo Central, formada por familias de trabalhadores e desempregados, a pratica do esporte é um desafio na busca do lazer. Graças a comunidade organizada, o Núcleo Central vai aos poucos construindo alternativas de prática esportiva. O futebol, como não podia deixar de ser no país da Copa, mobiliza a comunidade, que possui um time de futebol amador, o Aliança do Núcleo Central. Recentemente, por meio da Associação Comunitária, o time conseguiu fardamentos novos para disputar a 2ª Divisão do Campeonato Citadino de Santa Maria. O time, composto por moradores da vila, está indo bem, e conseguiu passar a segunda fase do campeonato. Mas para o presidente da Associação Comunitária, Cláudio Scherer, a competição é o menos importante.

“O futebol tem a função de mobilizar a comunidade para um lazer construtivo. Quando eu convido as pessoas para os jogos, penso que envolvendo elas pode tirar da tentação das drogas ou da criminalidade, que ataca principalmente os jovens. O futebol envolve todo mundo, mesmo quem não está jogando” explica Scherer, que fala das dificuldades e sonhos de sua gestão da Associação. “Tem sido muito difícil manter o time, não tem transporte, não tem campo pra jogar. No último jogo, o transporte dos jogadores nós fizemos com os carros de alguns moradores, inclusive eu, e muitos foram a pé, de bicicleta, de ônibus de linha. Precisamos de incentivo, de apoio para manter e ampliar o Aliança. Queremos montar uma escolinha de futebol para as crianças, e um time veterano, para o pessoal mais da minha idade também poder bater uma bolinha", sorri.

Cláudio Scherer ainda sonha com uma sede da Associação Comunitária. “Queremos construir a sede para ter um ponto de encontro da comunidade. O esporte vai ter um espaço cativo”.

Onde fica o Núcleo Central?

O Núcleo Central é uma das sete vilas do Bairro Nova Santa Marta, bairro da zona oeste de Santa Maria/RS que conta atualmente com aproximadamente 21 mil moradores. Área originada de uma ocupação urbana - simplesmente a maior oupação do Brasil - seus moradores muitas vezes são chamados preconceituosamente como “os sem-teto”. Recentemente beneficiada pelo PAC por projetos de infra-estrutura e saneamento básico como pavimentação de ruas, rede de esgotos, iluminação pública e etc, a realidade da Nova Santa Marta tem se modificado, graças a luta desse povo que desde o inicio dos anos 90 resiste e luta pela conquista de seus direitos.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

UJS 25 anos

Juventude em festa, no aniversário dos 25 anos da UJS

Veja abaixo o vídeo produzido pela TV Vermelho a respeito da festa realizada em SP em comemoração aos 25 anos da União da Juventude Socialista. Desaque para as falas de Denílson Batista, Diretor Nacional da Frente LGBTT da UJS, e Lohren Beauty, primeira dirigente Drag Queen da entidade. Também estiveram presentes na festa o ministro das olimpíadas Orlando Silva e o deputado Aldo Rabelo, ambos ex-presidentes da UJS, além do rapper nacionalmente conhecido Rappin Hood.





sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pesquisa de opinião

Que tipo de pessoa é você?

O Blog Igor de Fato! está fazendo uma enquete pra saber que tipo de pessoas frequentam o blog. Leia a classificação listada abaixo e responda: que tipo de pessoa é você?

Existem dois tipos de pessoas: as que se adaptam e as que transformam.



As que se adaptam, olham para a fome, a corrupção,
a poluição e dizem: "é assim mesmo, não dá pra mudar".










Já as que transformam olham para esse mesmo quadro e dizem: "isso tem que mudar e isso pode mudar".







Você é que tipo de pessoa? Você se adapta ou transforma? Deixe um comentário abaixo respondendo essa pergunta.