sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

No acampamento do FST, CTB discute a crise do capitalismo mundial

Durante o calor da tarde de 25/01, o importante debate reuniu jovens e trabalhadores do Brasil e do mundo para pensar novos rumos para o país
Foi dada a largada do Fórum Social Temático. Mais de cinco mil participantes de todos os estados do Brasil e do mundo transitam pelas ruas de Porto Alegre para participar das atividades que acontecerão nos próximos quatro dias. Nesse ritmo de reflexão e troca de ideias, durante a tarde desse segundo dia de evento, um importante debate no acampamento mobilizou os presentes: “A crise do capitalismo e a juventude”.

Durante cerca de 3 horas, nem mesmo o calor intenso de quase 40 graus dispersou os participantes. A atividade contou com a participação do secretário nacional de Juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Paulo Vinícius; do professor de economia da UFRGS, Pedro Cezar Fonseca; e do cordenador das centrais sindicais do CONESUL, Martin Pereyra. Durante o debate, os debatedores exploraram a fundo as causas e consequências da atual crise do capitalismo mundial no Brasil e no mundo e discutiram a participação da juventude na conjuntura atual.
Juventude é a mais prejudicada com a crise

O economista e professor da UFRGS falou sobre a atual situação dos Estados Unidos. “Os EUA realmente é o país onde a desigualdade social relativa mais se apronfundou na última década, principalmente, entre os jovens, que estão cada vez mais sem perspectiva e também sem trabalho”, exemplificou. Martin Pereyra questionou o papel da juventude nesse mesmo contexto.

Dando prosseguimento ao debate, Paulo Vinícius analisou o panorama mundial que vigora há cerca de 20 anos, desde que o muro de Berlim caiu em 1989. “Nunca houve tanta guerra e miséria na humanidade e entre a juventude. Não há espaço para os jovens trabalharem nessa crise capitalista”, disse. O sindicalista foi além e lançou uma provocação aos presentes: “Esse momento oferece espaço para que os governos de esquerda da América Latina se organizem, se unam e contestem o imperialismo americano e europeu”, convocou.

Um ponto foi consenso entre os participantes da mesa, o reflexo da crise econômica que chega ao Brasil é fruto da “opção da elite brasileira por não desregulamentar o atual sistema bancário de capital”, na opinião do professor.  Paulo Vinícius concordou e disse que é preciso “acabar com a aliança venenosa que ainda existe entre nosso governo e o sistema financeiro”.

 Ao final da atividade, o clima era de luta e de mudança. André Torkarski, presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS), que esteve presente no debate, convocou todos para discutir um novo projeto para o país: “Podemos afirmar que um novo mundo é possível e, mais do que isso, necessário. A expressão da crise no centro do capitalismo é prova de que temos que nos organizar. Estamos aqui no FST para isso”.

De Porto Alegre,
Camila Hungria
Fonte: Portal da UNE

UNE: Sob sol e chuva, Fórum começa em POA em grande marcha

Ao som do samba-enredo em homenagem aos trabalhadores brasileiros, estudantes saúdam o início do Fórum Social Temático 

Durante a ensolarada tarde da última terça-feira (25), as ruas do centro de Porto Alegre foram tomadas por representantes de movimentos sociais e de diversas organizações não governamentais, participantes da marcha de abertura do Fórum Social Temático (FST), que acontece na cidade entre os dias 24 a 29 de janeiro e tem como tema “Crise capitalista e justiça social e ambiental”.

A caminhada começou sob sol escaldante no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Municipal, e terminou sob intensa chuva no anfiteatro Pôr do Sol, onde aconteceram apresentações culturais. Segundo a organização do FST, a marcha reuniu 20 mil pessoas ao longo do trajeto. Durante o ato, do alto do carro de som, acompanhada pela escola de samba Cruzeiro do Sul, Maria das Neves, diretora da UNE, puxava palavras de ordem para a multidão: “Viemos aqui de peito aberto para dizer que a Amazônia é nossa, o Brasil é nosso e que queremos construir um mundo mais justo!”.
 
Meio-ambiente é tema central

Essa edição do Fórum Social Temático traz mais de 900 atividades autogestionadas e é uma etapa preparatória para a conferência Rio+20, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 4 a 6 de junho. O clima do encontro, que reúne participantes de todos os cantos do Brasil e do Mundo, é de pensar e propor alternativas de desenvolvimento para o país.

“O Fórum Social Temático volta para discutir a superação do capitalismo e construir novas alternativas de desenvolvimento sustentável. A partir daqui, a UNE vai construir sua pauta para a conferência Rio+20”, explicou a também diretora da UNE, Luiza Lafetá. O modelo de desenvolvimento do país é uma importante pauta do movimento estudantil brasileiro, que reivindica a destinação de 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação.

A defesa do meio-ambiente e um desenvolvimento sustentável são pontos importantes da pauta do FST. Para Maria, existe uma grande necessidade do movimento social estar unificado para que seja possível preservar o patrimônio nacional e garantir a soberania do país. “Precisamos debater o meio ambiente pelo olhar do desenvolvimento sustentável e assim defender a Amazônia, que é nossa”, afirmou.
 
Educação e direitos humanos na linha de frente

A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) aproveitará o encontro para levar ao debate importantes temas como o Plano Nacional de Educação (PNE), ensino técnico e ensino sustentável. “A UBES está presente no seminário do FST trazendo sua opinião sobre a situação da economia mundial e aproveitando para realizar o seu Seminário Nacional de Educação”, disse Rarikan Heven, da diretoria da UBES.

A programação de atividades da UNE e da UBES durante o FST contará também com um debate no dia 27/01 (sexta-feira) com o tema “Direitos Humanos, Justiça e Memória”. Participarão o ex-ministro da educação, Tarso Genro; o sociólogo Emir Sader, do CLACSO (Conselho latinoamericano de Ciências Sociais); e o sociólogo português de Boaventura de Souza, da universidade de Coimbra. A ministra da secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, também confirmou presença.

De Porto Alegre,
Camila Hungria

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Trabalhadores e Estudantes realizam Marcha conjunta de abertura do FST 2012

Clamando por direitos para os trabalhadores e a juventude e pelo desenvolvimento sustentável, centenas de trabalhadores da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) marcharam ontem pelas ruas de Porto Alegre/RS em conjunto com estudantes de várias entidades juvenis (UNE, UBES, UJS e JSB) na Marcha de Abertura do Fórum Social Temático 2012. Os estudantes  protestavam contra o aumento das tarifas de ônibus na capital gaúcha, onde se discute mais um reajuste que pode elevar a tarifa para até R$3,00. Já os trabalhadores transformaram a caminhada num desfile de carnaval, embalados pelo samba-enredo da CTB, entoado pela Bateria comandada por Mestre Fabio Lolo, que de maneira irreverente contou na avenida as históricas reivindicações dos trabalhadores. Destaque ainda para a Colcha do Meio Ambiente,  que transformou lixo em arte, preservação da natureza e educação ambiental.

O caminho da Marcha virou desfile de carnaval. Sob olhares de simpatia e aplauso da população de Porto Alegre, percorreram em clima de festa popular o caminho da Marcha de Abertura do Fórum Social Temático 2012 em Porto Alegre centenas de trabalhadores e estudantes. A Marcha, que tradicionalmente desperta irritação da população que vê o trânsito trancado, desta vez foi admirada como espetáculo curioso e contagiante, despertando até algumas sambadinhas tímida nas paradas de ônibus e calçadas da Av. Borges de Medeiros ou da Voluntários.

Metalúrgicos, sapateiros, agricultores familiares, comerciários, agentes autônomos e outras categorias, deram o tom de uma festa popular. A bateria da  Escola de Samba Cruzeiro do Sul, sob a batuta de Mestre Fabio Lolo, jovem dirigente do SEEACOM/RS ditava o ritmo de coração pulsante da caminhada, embalando estudantes que ora sambavam, ora chamavam o "baile funk" reivindicando os 10% do PIB para a educação.

Para o presidente da CTB do RS Guiomar Vidor, “a marcha serviu para a CTB dar uma demonstração de força de seus integrantes, que lideraram a manifestação, desde a concentração, na Fetag, até o desfile em que se destacou o samba da CTB, tão contagiante que as pessoas cantavam nas ruas, o que para nós teve um significado muito importante”. Guiomar destacou também a integração dos movimentos sociais junto à CTB, principalmente os jovens da UNE, UBES e UJS. “Todos estão aliados ao projeto que a CTB defende”.

“Foi bonito ver a participação aguerrida da militância da CTB. Agora, consideramos extremamente importante a manutenção da mobilização até o final, com a participação de todos os militantes da CTB nos debates que serão promovidos durante o Fórum”, finalizou Guiomar Vidor.

Colcha do Meio-ambiente
A Marcha contou ainda com a manifestação de diferentes centrais sindicais, sindicatos, partidos e movimentos sociais que exibiram bandeiras ecológicas, de luta pelos direitos da mulher e de combate a homofobia. A preocupação com o meio-ambiente resultou num ato no Palácio Piratini, que reuniu o governador Tarso Genro, alunos, professores e técnicos das secretarias do Meio Ambiente (Sema) e da Educação (Seduc) para a instalação da Colcha do Meio Ambiente. Segundo a secretária do Meio Ambiente Jussara Cony, "o que era lixo se transformou em arte, preservação da natureza e educação ambiental". Para o governador Tarso Genro, a Colcha representa "uma dramatização do momento atual. É preciso pensar no desenvolvimento com sustentabilidade, com justiça e cidadania", afirma. 


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Assista o vídeo: A CTB chegou pra valer


 
A Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) lançou no You Tube na madrugada do dia 18/01 um samba-enredo contando um pouco de sua história e lutas, que já a caracterizam como uma Central democrática, classista e de luta. A música foi composta por Mestre Fábio Lolo, Renan SN e Andrei do Cavaco, integrantes da Escola de Samba Cruzeiro do Sul, de Novo Hamburgo/RS e será lançada oficialmente na Marcha de Abertura do Fórum Social Temático no dia 24 de janeiro de 2012, na cidade de Porto Alegre/RS. O blog Igor de Fato exibe em primeira mão o samba que cairá nas avenidas do país embalando trabalhadores e trabalhadoras já no ritmo de uma das festas mais queridas do Brasil, que é o carnaval. 

A CTB chegou pra valer
Autores: Renan SN, Mestre Fábio Lolo e Andrei do Cavaco
Intérprete do Samba: Renan SN

Alusivo antes do samba: “Democracia assim se faz/Classista em união/Sou CTB e luto por essa nação”

A CTB, hoje chegou pra valer             
Com humildade, samba pra você                               {refrão}
De peito aberto com o pé no chão                                
Unindo forças com trabalho pra nação

Desde a juventude com coragem
Nessa vida a batalhar
Mãos calejadas pelo ofício dessa briga
A brilhar!
Acordes de dignidade,
Vão regendo uma batalha triunfal
De menos juros e mais desenvolvimento
Valorizando a justiça nacional!

De cara pintada, bandeira na mão
A CTB em busca do ideal,                                {refrão}
Nessa levada, mais um dia a raiar
Tá na marmita a lembrança do lar

Reforma agrária, previdência na pista
Redução da jornada traz para a lista
Unidos... Ninguém vai nos derrubar!
Seja pedreiro, professor, malabarista
Tá convidado tu é gari tu é sambista!

Sou brasileiro com orgulho sim “sinhô”
Com a bola no pé meu sonho é o gol!  (GOL!)                                   {refrão}
Eu sou sambista, e tenho fé
Vem lutar com CTB
Que essa briga é pra vencer


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sábado, 14 de janeiro de 2012

O efetivo combate à corrupção


Não é a negação da política que vai combater a corrupção. Trata-se de debater soluções que alterem as regras eleitorais coibindo a influência do poder econômico sobre o político. 

O ano de 2011 foi marcado pela intensa repercussão das práticas de corrupção dos políticos. O tema teve grande espaço na mídia televisiva, não somente na programação jornalística, mas em programas de humor como o Custe o que Custar (CQC) da Rede Bandeirantes, e o Zorra Total da Rede Globo, onde, de maneiras diferentes, a intenção pareceu sempre a mesma: ridicularizar os escândalos relacionados aos políticos de nosso país. A intensa exposição midiática da corrupção encontrou eco em algumas manifestações de rua, onde a revolta contra a corrupção foi muito mais uma forma de negação da própria política. 
 
A intensa evidência que o tema da corrupção encontrou na mídia e na chamada opinião pública não deu espaço para o óbvio desdobramento de toda a revolta que as práticas corruptas pode causar. Afinal, quais são as causas e quais as possíveis soluções para a corrupção que revolta a opinião pública?


A cobertura jornalística que boa parte da mídia empresarial dá às denúncias de malfeitos públicos não contribui para a resposta dessa pergunta. Sem a preocupação de averiguar fontes, a mídia parece muito mais interessada no patrocínio de escândalos e na destruição de biografias sem a necessária apuração das denúncias. A fórmula tem sido sempre a mesma. Alguém denuncia sem necessariamente apresentar provas e a mídia divulga as denúncias em tom de condenação. Antes que o Poder Judiciário julgue, a mídia já o fez. A reputação do acusado já está maculada, independentemente do resultado das investigações, e o que é pior, a reputação da própria política sofre mais um golpe. 
 
Esta conduta da mídia hegemônica não contribui para o fortalecimento da cidadania. Não constrói alternativas. Somente reforça a ideia equivocada de que a política é algo a priori sujo, do qual os “cidadãos de bem” devem manter distância. Está ideia equivocada pode inclusive se desdobrar em soluções de quebra do Estado de Direito, como a instituição de regimes antidemocráticos com o pretexto da “restauração da ordem” e da “limpeza ética”. Vale lembrar que o golpe militar de 1964 no Brasil foi justificado pelos grandes jornais nacionais da época – a maioria deles ainda em funcionamento hoje e com grande influência – justamente como uma forma do combate a corrupção do governo João Goulart. Não é à toa que este setor da mídia recebeu a alcunha de Partido da Imprensa Golpista (PIG). É um comportamento desestabilizador da democracia que possui raízes históricas. 
 
Por isso, cabe aos setores progressistas da sociedade a oxigenação do debate sobre a corrupção. Não se trata da proteção de corruptos, que devem ser punidos não importando a sigla partidária a que pertençam. Toda a denúncia deve ser averiguada, pois o Estado em suas diferentes instâncias, é financiado pelos impostos da população, e qualquer uso indevido das verbas públicas causa danos diretos a serviços essenciais principalmente para os setores mais carentes da sociedade. No entanto, a corrupção deve ser combatida com seriedade. É necessário muito mais que instigar a revolta com maus políticos para combater a corrupção. Trata-se de fomentar uma profunda discussão sobre uma reforma das regras eleitorais e políticas. 
 
E já que a mídia empresarial não parece interessada em patrocinar esta discussão, que o façam as inúmeras iniciativas de mídia contra-hegemônica: a blogosfera, as redes sociais, as rádios e tevês comunitárias, os sítios eletrônicos e jornais impressos de sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda, todos devem dar sua contribuição para este debate que interessa a todos nós: quais as bases para uma reforma política democrática que combata efetivamente a corrupção em nosso país? 

 
Algumas propostas já foram apresentadas. A questão do financiamento das campanhas eleitorais é uma delas. Atualmente, o financiamento privado é permitido, o que gera campanhas milionárias, nas quais as empresas distribuem doações gigantescas para candidatos de todas as siglas, dificultando sobremaneira que o poder econômico não influencie o poder político. Uma alternativa poderia ser o financiamento público exclusivo das campanhas. Desta forma, cada candidato receberia uma verba bem menor do que os atuais orçamentos milionários, sendo impedido de receber doações do setor privado. Esta medida coibiria boa parte da gênese da corrupção, que está justamente na relação espúria estabelecida entre candidatos e financiadores das campanhas. 
 
As regras do jogo como estão hoje favorecem a submissão do poder político ao poder econômico. Em outras palavras, quem tem dinheiro, tem poder. O fortalecimento da democracia e o combate a corrupção está justamente na criação de medidas que coibam a influência do poder econômico sobre a política e os políticos. Só que isto a mídia hegemônica não debate, porque a ela também não interessa, financiada que está pelo mesmo poder econômico que corrompe os maus políticos. 
 
Aos setores contra-hegemônicos cabe provocar essas discussões: quais as alternativas coibiriam a relação espúria de influência do poder econômico sobre o político? Não se pode esperar que a Globo agende esse debate. Cabe a contra-hegemonia exercer seu poder cada vez mais crescente de agendamento para pautar o efetivo combate a corrupção. 

Igor Corrêa Pereira 
Téc. Administrativo da UFRGS 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Prof. De Economia da UFRGS debaterá a Crise capitalista no FST 2012


Acaba de confirmar presença no debate sobre crise capitalista a ser realizado no Parque Harmonia em Porto Alegre no dia 25 de janeiro o Professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS Pedro Cezar Dutra Fonseca. Ganhador do prêmio Pesquisador Gaúcho 2011, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Fonseca é considerado Pesquisador Destaque na área de Economia e Administração.

Dedicado ao estudo da trajetória da economia brasileira, Fonseca pode desvendar a diferença do rumo tomado pelo Brasil e  os países emergentes do Sul do Mundo que crescem enquanto que os países centrais da economia capitalista vivem uma crise econômica sem precedentes. A exposição de Pedro Fonseca certamente qualificará o debate promovido pela Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), estimulando uma discussão em alto nível sobre as alternativas frente a crise do capitalismo, o que sem dúvida cumpre os objetivos do Fórum Social Temático (FST) 2012.

A mesa ocorre na Tenda Central do Acampamento Intercontinental da Juventude do Parque Harmonia a partir das 14h do dia 25 de janeiro. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas pelo e-mail ctb.rs@portalctb.org.br

Confira ainda programação completa da CTB no Fórum Social Temático – de 24 a 29/01/2012

- 24/01/2012- 14h (terça-feira): MARCHA DE ABERTURA
17h, no Parque Harmonia na cidade de Porto Alegre/RS.: Culturata de Lançamento do samba-enredo em homenagem a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), de autoria dos compositores Renan SN, Mestre Fábio Lolo e Andrei do Cavaco, da Escola de Samba Cruzeiro do Sul, de Novo Hamburgo.

- 25 de janeiro de 2012 (quarta-feira):
 14h “Juventude e a Crise Capitalista” na Tenda Central do Acampamento da CTB Jovem no Parque da Harmonia na Cidade de Porto Alegre/RS, tendo como debatedor o Prof. De Economia da UFRGS Pedro Fonseca

- 27/01/2012 (sexta-feira):
MESA 1
“Integração Latino-Americano, razões macroeconômicas, políticas e sociais.”
08h30min recepção dos participantes
09h00min composição da mesa
Palestrantes: Senador Inácio Arruda *
Presidente INTERSUL – Jose Carlos de Assis
Mediadora: Gilda Almeida – CTB/CES
10h30min DEBATE
12h30min Encaminhamentos /Encerramento

- 27/01/2012 (sexta-feira):
MESA 2
“Integração Latino-Americana: Alternativa concreta para a Classe Trabalhadora diante da Crise Capitalista.”
14h30min recepção dos participantes
15h00min composição da mesa
Palestrantes: PIT CNT-URUGUAI
                        CTA- ARGENTINA
                        CTC –CUBA
Deputado Federal Assis Melo –PCdoB- BRASIL *
Mediador: Carlos Rogerio Nunes   – CTB
16h30min Debate
18h00min Encaminhamentos/Encerramento
*a confirmar
LOCAL: STRE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (antiga DRT RS)
Av.Mauá, nº 1013 - 10º andar
28/01/2012 – 08h30min ASSEMBLEIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Localização da tenda da CTB
Av. Presidente João Goulart, 551
Próximo ao Gasômetro

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fórum Social Temático 2012

Tod@s ao Harmonia dia 25/12 para debater um outro mundo necessário
Dia 25/01/12 o Parque Harmonia em Porto Alegre/RS será palco de um debate urgente sobre as alternativas globais a crise do capitalismo que está virando o mundo de cabeça para baixo.

Nos dias 24 a 29 de janeiro de 2012 ocorre na Região Metropolitana de Porto Alegre o Fórum Social Temático 2012. A edição deste ano do Fórum terá como eixo de debate a crise capitalista. Nada mais apropriado. 

Não é exagero dizer que o ano de 2011 foi marcado por uma reviravolta mundial. Os países do Norte do mundo, as grandes economias capitalistas da América, Europa e Japão vivem uma das maiores crises econômicas da história, enquanto que os países do Sul, da América Latina e Ásia, destacam-se como potências emergentes. “O mundo virou de cabeça para baixo”, alardeia a Revista Isto É de 28 de dezembro de 2011. E com razão. A célebre frase do teórico alemão do século XIX Karl Marx ganha uma atualidade sem precedente: de repente, “tudo que é sólido, se desmancha no ar”.

A diferença entre Brasil e países do Norte não é obra do acaso

Os sólidos dogmas neoliberais, a firme convicção no capital rentista, está indo por água abaixo.

Enquanto a Europa precisa socorrer seus bancos com centenas de bilhões de dólares e fecha milhões de postos de trabalho e os Estados Unidos por muito pouco não se torna um país devedor, o Brasil ascende a condição de sexta maior economia do mundo gerando empregos e atraindo mão de obra internacional. A diferença não é obra do acaso. O Brasil de Lula e agora de Dilma adotou medidas que contrariaram a cartilha do FMI: teve a coragem de reduzir a inflação baixando juros e investindo no setor produtivo. Teve a coragem de recolocar o Estado como indutor do desenvolvimento, uma medida considerada até bem pouco tempo uma “blasfêmia”. Graças a decisões corajosas e que não seguiram a doutrina neoliberal, o país surfou na onda da crise mundial aproveitando a oportunidade para se destacar. 

CTB propõe o debate sobre a alternativa ao capitalismo em crise
Nunca um debate sobre os rumos do planeta foi tão necessário. Quando o Fórum Social Mundial foi criado em 2001, sob o lema de que “Um outro mundo é possível”, para muitos seria impensável que uma década depois o lema mais apropriado talvez seja “Um outro Mundo Acontece e é necessário”. O neoliberalismo é uma receita falida. Isto o comprovam os milhões de desempregados e desabrigados dos Estados Unidos e Europa, que vão às ruas protestar contra os efeitos de um modelo de sociedade que está em crise. Mas qual é a alternativa?  Os países emergentes do Sul estão apontando caminhos. E justamente na capital onde o FSM surgiu, que é a cidade de Porto Alegre, mais de um década depois do surgimento do Fórum, se reúnem novamente centenas de milhares de pessoas para debater alternativas.

Dentro desse rico momento em que o mundo está se repensando, convido tod@s para o Parque Harmonia na cidade de Porto Alegre/RS. Nele acontecerá o Parque Intercontinental da Juventude. Não poderia haver palco mais apropriado para debatermos a crise do sistema capitalista. Qual o caminho? Qual o projeto de Nação que pode superar a crise? O capitalismo não se destrói por si mesmo. Se não for confrontado por alternativas distintas, que abram um novo ciclo político e econômico, que leve a rupturas do sistema, ele encontra sempre saídas, provocando maiores desastres econômicos, sociais e políticos, para prosseguir com seu processo de expansão. No dia 25/01, este será o debate promovido pela Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). Precisamos participar da construção de alternativas a este mundo que está ruindo e dando lugar a outro que já acontece mas ainda dá seus primeiros passos. Nada garante que os rumos tomados serão os melhores par todos. Depende da participação de cada um a construção de um outro mundo possível e necessário.

Leia ainda:
Sítio do Fórum Social Temático 2012
- Abertas inscrições para o Acampamento da Juventude do Fórum Social Temático 2012

Igor Corrêa Pereira 
Coletivo de Juventude da CTB
GT de programação do Acampamento de Juventude do Fórum