Acabei de saber pelo orkut que um dos meus amigos, o jornalista formado na UFRGS Wesley, acaba de passar num concurso de assessoria de imprensa no Ministério da Saúde. A felicidade do êxito de um amigo me fez parar para pensar nas boas notícias que se somam ao meu redor. Como o caso de minha colega e amiga servidora da UFRGS, a Joana, que está adquirindo casa própria graças a financiamento da Caixa Federal. Ou das minhas amigas, Gabi e Tay, que provenientes de família humilde, se formaram em Psicologia pelo PROUNI.
Tem também os meus amigos que estão fazendo mestrado com bolsa, Mauricio, Riffel e Chavito, o Pablito, que está fazendo doutorado e já aguarda a nomeação em um concurso para docente na UFFS, uma das 14 novas universidades federais criadas pelo REUNI. A minha companheira Luciele também está ganhando bolsa agora, além de morar na casa do estudante. Lembro ainda de amigos chamados em concursos da PETROBRAS , Banco do Brasil, Recita Federal, etc. Posso citar ainda o meu próprio caso, que ingressei na UFRGS junto de centenas de novos servidores, e graças a esta oportunidade, pude comprar recentemente um refrigerador de ar para os meus pais, o que pra mim foi uma alegria muito grande...
O que estou querendo dizer com todas essas histórias – verídicas – é que elas têm algo em comum. São indícios da melhoria de vida de pessoas que estão ascendendo socialmente, melhorando seu padrão de vida, sendo valorizadas pelo seu esforço, estudo, dedicação. Estou falando aqui de projetos pessoais que refletem a mudança da situação social do país. Se você pegar a vida de cada uma dessas pessoas, verá que recentemente elas tiveram oportunidades de crescimento pessoal oriundos de políticas públicas elaboradas no interior do governo Lula. Políticas de investimento em habitação, ampliação das Universidades Públicas, investimento em ciência e tecnologia, energia.
Não é exagero dizer que são histórias de um novo Brasil. Estou falando que o Brasil saiu dos tempos em que o Estado considerava um ônus intervir na economia fomentando a educação, ciência e tecnologia, energia. Se você pegar o serviço público federal no governo FHC e no governo Lula, vai notar uma sensível diferença, no número de concurso públicos, na elaboração de planos de carreira. Na visão de FHC, serviço público era um gasto a ser reduzido. No governo Lula, virou um investimento a ser ampliado. São duas visões antagônicas que se degladiam nessas eleições.
Não tenho dúvida que a visão de Lula é a mais acertada. O país, e principalmente os setores mais empobrecidos da população, precisam de serviço público de qualidade. Hospitais, escolas, fornecimento de energia, bancos, Universidades, etc. Alguém discorda que este e outros serviços são essenciais? Tudo isso só funciona com um setor público de qualidade, com trabalhadores valorizados. Porque a entrega ao setor privado desses serviços, os transforma em mercadoria, da qual só terá acesso quem já tem dinheiro, o que inviabiliza a mobilidade social, desejável numa nação democrática.
Se o serviço público é investimento ou gasto, isto é uma opção política. Essa me parece a discussão central das eleições, e não se trata de uma visão corporativa. Existem claramente dois campos. Do lado que enxerga o serviço público como gasto, está Serra e seus partidos aliados. Do lado que enxerga serviço público como investimento, está Dilma e seus partidos aliados. Eu estou do lado da ampliação da esfera pública para garantia dos direitos dos cidadãos, por isso estou com Dilma e seu campo aliado. E você, de que lado está? Na hora de votar, não vote na pessoa, tenha em mente que estão em disputa dois projetos. Se você concorda com Serra, não adianta votar em deputados que estão do lado de Dilma, e vice-versa. Reflita, e exerça conscientemente seu direito conquistado com muita luta.
Um comentário:
Que bom ler esta matéria! Ver dados reais do que um Estado preocupado com presença na vida das pessoas é capaz. Não se trata, é claro, de idolatrar o "Estado Máximo", mas sim evidenciar o quanto é importante o Estado como indutor de desenvolvimento. Lamentei esses dias, o editorial do Zero Hora do Grupo RBS, pois eles permanecem fiéis ao pensamento neoliberal, mesmo quando muitos setores da direita, em função da crise financeira mundial estão revendo suas idéias de reduzir a quase nada o Estado. Com perdão da palavra... a RBS ser de direita não é o maior defeito. Pelo visto a burrice estratégica sim. Mas.. seguramente essa imprenssa golpista está no lado perdedor, de qualquer forma.
Enfim.. Excelente matéria! Nos ajuda a refletir com fatos reais a importancia de um Estado presente.
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