terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dilma e o funcionalismo público

Dilma Roussef: “Eu sou contra que se mantenham serviços terceirizados e precários na função pública”




A presidente eleita Dilma Roussef do PT, declarou no último debate entre os presidenciáveis promovido pela Rede Globo de Televisão no dia 30 de outubro que pretende valorizar o funcionalismo e que é contra as terceirizações. A fala foi na primeira pergunta do debate, feita por um eleitor escolhido da platéia, que questionou sobre o plano da candidata para os funcionários públicos. Na resposta, ela se refere a uma tradição brasileira de má remuneração do setor público e citou o piso nacional do magistério, e as políticas de valorização dos trabalhadores da segurança e da saúde. Ressaltou ainda “um compromisso muito forte com a questão da educação”, que passe pela valorização e formação continuada dos profissionais da área.


Terceirização

Na declaração de dois minutos de duração, o trecho mais enfático é em relação a terceirização, prática que a nova presidente se coloca veementemente contra. “Eu sou contra que se mantenham serviços terceirizados e precários na função pública, porque desestimula o funcionário. O funcionário é um ser humano e tem que ser tratado como tal, ele tem que ser incentivado, ele tem que ser valorizado, porque assim ele vai trabalhar melhor”.


Seminário Nacional sobre Terceirização

A Federação das Associações de Servidores das Universidades Brasileiras (FASUBRA) anunciou em sua última Plenária a realização ainda este ano de um Seminário Nacional sobre Terceirização. A ASSUFRGS têm constatado casos de irregularidades no que diz respeito aos funcionários terceirizados da UFRGS. Trata-se de aproveitar o momento em que a presidente eleita assume o compromisso contrário ás terceirizações para ampliara as pressões para o fim das terceirizações de funções públicas.

Leia abaixo a íntegra da declaração de Dilma Roussef sobre funcionalismo público no debate de Tevê Globo de 30 de outubro:

“De fato no Brasil há uma tradição de pagar mal ao funcionalismo público. Nós defendemos no governo Lula uma política de valorização dos professores. Por isso criamos o piso nacional do magistério, temos uma política de valorização também dos policiais e da área da saúde. Fizemos concursos e criamos planos de carreira. Eu no governo vou ter um compromisso muito forte com a questão da educação. Porque todo mundo fala em qualidade da educação, mas na hora de ver quem é que garante a qualidade, mas todo mundo esquece que quem garante a qualidade é o professor, e professor para garantir qualidade tem que ser bem pago, até para poder atrair as pessoas para aquela profissão, e tem de ter formação continuada. Eu sou contra que se mantenham serviços terceirizados e precários na função pública, porque desestimula o funcionário. O funcionário é um ser humano e tem que ser tratado como tal, ele tem que ser incentivado, ele tem que ser valorizado, porque assim ele vai trabalhar melhor. Isso nós tivemos uma experiência muito boa em várias áreas. Na área por exemplo de educação, nós fizemos com os professores afetos ao governo federal, os professores das nossas universidades e das escolas técnicas. Fizemos também com os profissionais da polícia federal, tanto os agentes como os delegados, e fizemos também na saúde na área da previdência, porque na previdência você precisa ter médico que faça perícia sendo valorizado, por isso a sua pergunta é muito correta”.

Fonte: Blog Igor de Fato, com informações do blog www.conversaafiada.com.br

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