segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fascismo pelo twitter e outras modernidades

Ódio e intolerância são o espólio da campanha de Serra


O últimos episódios de violência e intolerância a homossexuais, nordestinos e a presidenta Dilma são preocupantes e instigam a questionamentos. Considerando-se o conjunto de episódios eles nos mostram uma juventude confusa, de classe média, carente de projetos maiores do que seu próprio umbigo, e que está sendo cooptada pelo ódio e o preconceito incitado pela campanha presidencial do PSDB e do DEM.

Relato dos últimos episódios

Cabe aqui fazer uma pequena retrospectiva dessa última ofensiva de ódio da juventude "riquinha".
  • Caso Mayara Petruso: Estudante de direito de classe média alta de SP incita ódio a nordestinos no twitter. Leia mais clicando aqui.
  • Homossexuais são agredidos em SP. Leia mais clicando aqui.
  • Escola de samba paulista é ameaçada por homenagear nordestinos . Leia mais clicando aqui.
  • Jovens pregam o assassinato de Dilma no twitter. Leia mais clicando aqui.
O sinistro legado de José Serra: Um ala radical de direita

A juventude é objeto de disputa ideológica, e a história nos mostra que nem sempre exerce um papel progressista ou revolucionário, como no caso da juventude hitlerista ou da mocidade portuguesa salazarista. Por meios diferentes dos de Hitler e Salazar a campanha de José Serra recrutou uma parcela de jovens para um projeto ultra-radical de direita, capaz de pautar retrocessos como o racismo, a homofobia, o machismo, etc. São garotos e garotas de classe média alta, situados principalmente em São Paulo, que acreditam que existe uma luta entre os "limpinhos" e a "massa fedida".

Como bem disse Paulo Henrique Amorim, "a campanha do Serra trouxe o vaso sanitário para a sala de jantar". A tese é corroborada pelo filósofo Vladimir Safatle, da USP, e pelo jornalista Mino Carta, da Carta Capital. A questão é o que as juventudes progressistas farão a respeito?

Intensificar uma contra-ofensiva das juventudes progressistas

Em meio a esse avanço de ódio e violência de jovens reacionários, as juventudes progressistas precisam aumentar o tom de mobilização em torno da pregação da não-violência, do respeito a diversidade, aos direitos humanos, às homoafetividades. Em busca do avanço de um projeto de país que valorize a riqueza da formação sociocultural brasileira, a juventude tem que botar o bloco na rua no embalo do samba, do hip hop, dos desfiles do orgulho gay, das manifestações diversas de criatividade e alegria de nosso povo.

Unificar a alegria da diversidade é o melhor combate que se pode fazer ao ódio que procura dividir e confundir as pessoas.

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