Amadurecer, no Livro Verde, a democracia
Técnicos da UFRGS reivindicam gestão democrática da Universidade. Audiência pública da UFRGS para debater seu plano de gestão do dia 24 de setembro deverá conter propostas de emenda dos técnicos da Universidade que estão sendo construídas nas reuniões nos campi da Instituição.
Apesar da correria, a ASSUFRGS está empreendendo um esforço para debater o que a Reitoria chamou de "Livro Verde", proposta inicial do Plano de Desenvolvimento Institucional, planejamento de gestão da Universidade para os próximos cinco anos, a ser aprovado no CONSUN no mês de outubro.
Os debates promovidos pela ASSUFRGS têm sido muito ricos. Com a participação de muitos técnicos que pela primeira vez vão a algum debate da ASSUFRGS, os relatos são de uma Universidade que precisa amadurecer sua gestão democrática.
A técnica Ana, da Biomedicina, relata que ingressou na UFRGS sem nenhuma capacitação para as tarefeas para a qual foi designada. "A tarefa da qual me incumbiram nenhum colega sabia fazer na minha unidade,. Tive que aprender por conta própria, muitas vezes sendo pressionada por não fazer certo. Sofri muita pressão no início e pouca ajuda", relata ela, que havia ingressado na Medicina e pediu remoção por não aguentar a pressão. O caso de Ana não é isolado. Muitos técnicos recém ingressantes têm relatado situações de falta de capacitação e cobrança de resultados, o que acaba gerando insatisfação e falta de motivação. "Não se trata de querer tudo nas mãos, mas de ter um mínimo de acompanhamento", resume ela".
"A UFRGS não vêm com manual de instruções ", relata Rogério, técnico da Física, preocupado com a qualidade dos serviços prestados a comunidade. Para ele, as unidades deveriam fazer manuais de procedimento que garantissem que todos os colegas pudessem saber as tarefas, evitando assim que na ausência de um técnico, todo o trabalho ficasse parado. "As informações precisam ser coletivizadas".
Gestão democrática: docentes, técnicos e estudantes com mesmo peso de voto
Todas as queixas acabam caindo na necessidade da democratização da gestão. "A PROGESP deveria ouvir as demandas das unidades para fazer uma política de capacitação. Ninguém melhor do que os técnicos para saber o que os técnicos precisam saber para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Precisamos aprimorar isso para democratizar a gestão", afirma Tônia, técnica da Psicologia.
Atualmente, a composição dos conselhos, bem como a eleição para reitor obedece a Lei Lei 9.192, que dispõe sobre a eleição de reitores, e diz no seu parágrafo terceiro, que em caso de consulta a comunidade acadêmica, ela deve ser feita obedecendo "o peso de setenta por cento para a manifestação do pessoal docente em relação à das demais categorias". Esta concepção de gestão que prioriza a vontade dos docentes sobre a vontade de técnicos e estudantes contraria a ideia de gestão democrática, uma vez que não pode haver democracia sem igualdade na tomada de decisão.
A ASSUFRGS defenderá no debate do PDI que a UFRGS se comprometa com a democratização de sua gestão atendendo a Lei 11.892, de 29/12/2008, que estabelece proporcionalidade paritária na manifestação acadêmica nos IFETS (atribuindo-se o peso de um terço para a manifestação do corpo docente, um terço para a manifestação dos servidores técnico-administrativos e de um terço para a manifestação do corpo discente). Basicamente, se nos IFETs pode, porque na Universidade não pode? A UFRGS, centro de excelência, formadora de opinião do Rio Grande do Sul e do Brasil, precisa dar esse importante passo no sentido da democratização de sua gestão, acompanhando Universidades como a UFSM, que já tem eleição paritária.
A última reunião dos técnicos deve acontecer nesta quinta-feira, dia 16 de setembro, às 14h, no Auditório do Direito. Para referenciar os debates, está se utilizando o documento construído pela FASUBRA em julho de 2005: "Universidade cidadã para os trabalhadores", um documento que aponta princípios e fins defendidos pelos técnicos para a Universidade.
Apesar da correria, a ASSUFRGS está empreendendo um esforço para debater o que a Reitoria chamou de "Livro Verde", proposta inicial do Plano de Desenvolvimento Institucional, planejamento de gestão da Universidade para os próximos cinco anos, a ser aprovado no CONSUN no mês de outubro.
Os debates promovidos pela ASSUFRGS têm sido muito ricos. Com a participação de muitos técnicos que pela primeira vez vão a algum debate da ASSUFRGS, os relatos são de uma Universidade que precisa amadurecer sua gestão democrática.
A técnica Ana, da Biomedicina, relata que ingressou na UFRGS sem nenhuma capacitação para as tarefeas para a qual foi designada. "A tarefa da qual me incumbiram nenhum colega sabia fazer na minha unidade,. Tive que aprender por conta própria, muitas vezes sendo pressionada por não fazer certo. Sofri muita pressão no início e pouca ajuda", relata ela, que havia ingressado na Medicina e pediu remoção por não aguentar a pressão. O caso de Ana não é isolado. Muitos técnicos recém ingressantes têm relatado situações de falta de capacitação e cobrança de resultados, o que acaba gerando insatisfação e falta de motivação. "Não se trata de querer tudo nas mãos, mas de ter um mínimo de acompanhamento", resume ela".
"A UFRGS não vêm com manual de instruções ", relata Rogério, técnico da Física, preocupado com a qualidade dos serviços prestados a comunidade. Para ele, as unidades deveriam fazer manuais de procedimento que garantissem que todos os colegas pudessem saber as tarefas, evitando assim que na ausência de um técnico, todo o trabalho ficasse parado. "As informações precisam ser coletivizadas".
Gestão democrática: docentes, técnicos e estudantes com mesmo peso de voto
Todas as queixas acabam caindo na necessidade da democratização da gestão. "A PROGESP deveria ouvir as demandas das unidades para fazer uma política de capacitação. Ninguém melhor do que os técnicos para saber o que os técnicos precisam saber para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Precisamos aprimorar isso para democratizar a gestão", afirma Tônia, técnica da Psicologia.
Atualmente, a composição dos conselhos, bem como a eleição para reitor obedece a Lei Lei 9.192, que dispõe sobre a eleição de reitores, e diz no seu parágrafo terceiro, que em caso de consulta a comunidade acadêmica, ela deve ser feita obedecendo "o peso de setenta por cento para a manifestação do pessoal docente em relação à das demais categorias". Esta concepção de gestão que prioriza a vontade dos docentes sobre a vontade de técnicos e estudantes contraria a ideia de gestão democrática, uma vez que não pode haver democracia sem igualdade na tomada de decisão.
A ASSUFRGS defenderá no debate do PDI que a UFRGS se comprometa com a democratização de sua gestão atendendo a Lei
A última reunião dos técnicos deve acontecer nesta quinta-feira, dia 16 de setembro, às 14h, no Auditório do Direito. Para referenciar os debates, está se utilizando o documento construído pela FASUBRA em julho de 2005: "Universidade cidadã para os trabalhadores", um documento que aponta princípios e fins defendidos pelos técnicos para a Universidade.
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