sexta-feira, 7 de agosto de 2009

CPI do governo Yeda

Assembléia vai instalar CPI do governo Yeda




O anúncio feito na tarde desta quarta-feira (5) pelo MPF (Ministério Público Federal) de que a governadora Yeda Crusius e mais oito nomes estão sendo indiciados por improbidade administrativa por conta das investigações desencadeadas na operação ''Rodin'', que trata do desvio de 44 milhões do Detran, teve forte repercussão no parlamento gaúcho que deve dar início à CPI do governo Yeda. As assinaturas necessárias já foram obtidas pela oposição.

Operação Rodin desentrava CPI do governo Yeda na Assembléia Gaucha

O anúncio feito na tarde desta quarta-feira (5) pelo MPF (Ministério Público Federal) de que a governadora Yeda Crusius e mais oito nomes estão sendo indiciados por improbidade administrativa por conta das investigações desencadeadas na operação ''Rodin'', que trata do desvio de 44 milhões do Detran, teve forte repercussão no parlamento gaúcho que deve dar início à CPI do governo Yeda. As assinaturas necessárias já foram obtidas pela oposição, com a adesão de deputados do PDT.


Tão logo o Ministério Público anunciou a ação de improbidade, os parlamentares pedetistas realizaram reunião na qual decidiram pela assinatura da CPI. Os deputados se recusavam a assinar o requerimento por considerar insuficientes as acusações contra a governadora. Dos cinco deputados pedetistas na Assembleia, dois já haviam assinado: Adroaldo Loureiro e Paulo Azeredo.


Agora, com as adesões dos pedetistas Giovani Cherini, Gerson Burmann e Kalil Sehbe a oposição obteve 20 assinaturas, o regimento interno da Assembleia exige 19 para a criação de uma CPI. O pedido de instauração de uma comissão parlamentar de inquérito foi apresentado em maio. O requerimento deve ser encaminhado na manhã desta quinta-feira (06) à presidência da Assembleia.


O presidente da casa, deputado Ivar Pavan (PT) emitiu nota no início da noite desta quarta na qual considera que ''o quadro é gravíssimo''. Segundo a nota ''não se justifica mais dizer que não há fatos para a instalação de uma CPI. A Assembleia precisa aprofundar a investigação e trazer os esclarecimentos necessários a público. Vamos solicitar a cópia do processo à juíza Simone Barbisan Fortes e reforçar o pedido de abertura do sigilo da ação para permitir que possamos agir com a tranquilidade e responsabilidade que a gravidade do momento exige.''


A ação civil de improbidade administrativa atinge a governadora Yeda Crusius (PSDB) e mais oito pessoas: Carlos Crusius (marido da governadora), deputado federal José Otávio Germano (PP), deputados estaduais Luiz Fernando Zachia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, Walna Villarins Meneses (assessora da governadora), Delson Martini (ex-secretário geral do governo estadual), Rubens Bordini (vice-presidente do Banrisul e ex-tesoureiro da campanha de Yeda). Pesam sobre eles acusações de enriquecimento ilícito, dano ao erário e infração de princípios administrativos, crimes relacionados à fraude que desviou cerca de R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

Do Portal Vermelho. Leia mais.

Um comentário:

jackson vasconcelos disse...

Sou do Rio de Janeiro, consultor em estratégia e acompanho de longe as ocorrências no RGS com relação ao governo Yeda Crusius. Mas,mesmo de longe não me resta mais dúvidas do caráter meramente político de atuação do MPF neste caso. Um jogo de cena: os procuradores chamam a imprensa, falam na existência de réus antes da denúncia, não citam os crimes objetos da acusação e, em seguida, entra em cena a Assembléia Legislativa, para dizer que a peça do MPF justifica a composição de uma CPI. É preciso muito cuidado para não se entrar no jogo