domingo, 6 de dezembro de 2009

Políticas Públicas de Juventude

Política e juventude: dinheiro na meia ou para mudar o Brasil? Quem decide?


Pude participar ontem, dia 05 de dezembro, a partir das 09h30min, de um Seminário do PCdoB sobre políticas públicas de juventude. Gostaria que muitas pessoas pudessem ter tido a mesma oportunidade que tive, de ver a deputada Manuela D'Ávila, relatora da Comissão Especial sobre o Estatuto da Juventude da Câmara dos Deputados, e Danilo Moreira, Secretário Adjunto da Sec.Nacional de Juventude do governo Federal. De ouvir ainda Alexandre Santini, Consultor do Ministério da Cultura, além do Coordenador do Fórum de Juventude da FAMURS, Roger Correa, o Secretário Mun. de Esporte Cultura e Juventude de Alvorada, Nelson Flores e Matheus Junges, vereador do PCdoB de Cidreira.

Ali estavam jovens que participavam da política. Para muitos, ali estavam jovens malucos ou potencialmente corruptos, já que está na moda associar política a corrupção. Será?

O que é política? É dinheiro na meia? É dinheiro na cueca? Ou é dinheiro na educação? Na saúde? Na cultura? No esporte? Na geração de empregos?

Não existe resposta fácil para esta pergunta, por que essa resposta está permanentemente sendo disputada. Isso é política. É disputa de opinião, sobre que rumo deve tomar a sociedade. Política é o espaço público por excelência de tomada de decisões.

Slide 2

Converso com muitos amigos que me dizem que tem medo ou vergonha de participar da política, porque acham que política é o sinônimo de dinheiro na meia. O que esses amigos não conseguem visualizar é que o dinheiro na meia só existe porque a sociedade ainda participa pouco da política. Não é feio participar da política. A política é o espaço público por excelência de tomada de decisões sobre os rumos que devem tomar a educação, a criação de empregos, iniciativas culturais, enfim, coisas que dizem respeito ao cotidiano dos jovens. Se não participamos disso, estamos sendo manipulados por outros. Omitir-se é ser cúmplice com o dinheiro na meia.

Quando tinha 17 anos, participava de uma banda que tinha uma música, intitulada, "O que fazer?". Nessa música dizia tudo que milhares de jovens alegretenses e de outros rincões do estado e país sentiam e ainda sentem, que é a total falta de perspectivas, de saber o que fazer, o que querer, para onde ir. Hoje, sete anos depois, descobri que aquela angústia pessoal do nosso grupinho de amigos era uma angústia de milhões de jovens, e que a sua solução passava pela política. Quantos jovens não tem o que fazer por que não tem acesso a educação, a um emprego digno, ao desenvolvimento de suas potencialidades artísticas, esportivas, entre outras?

Não sou cúmplice com dinheiro na meia. Justamente por isso nunca vou deixar de participar da política, porque quero contribuir para que o dinheiro do povo contribua para aproximar os sonhos o povo da realidade.


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