quarta-feira, 28 de julho de 2010

Juventude e Participação

A quem interessa a descrença juvenil na política?

O debate levantado por Marlos Mello no Observatório da Imprensa é muito interessante: "Estariam os jovens descrentes da democracia?", pergunta ele. Não pude deixar de participar dessa discussão.

O debate de fundo envolvido aqui é o ideológico. A descrença da juventude na política é uma ideologia que interessa a quem? É um interesse da classe dominante, que procura desmobilizar a participação juvenil na política para continuar ocupando os espaços de decisão sem a sua interferência. Está em curso uma campanha da elite para evitar a participação política da juventude.

Quem capitaneia essa campanha? Fundamentalmente a mídia comercial e a intelectualidade neoliberal, paga para vender a ideia da microcidadania despolitizada. Na televisão aumenta o número de programas que se utilizam da estratégia do escândalo político midiático para e criar uma atmosfera de descrença. Cresce o número de ONG's que defendem a caridade, o compadecimento, o assistencial e o comunitário como alternativas a participação política. Todo esse movimento está intimamente ligado aos interesses do capitalismo financeiro, e são patrocinadas por agencias como o Banco Mundial.


Na contra-hegemonia, movimentos organizados de juventude vem incentivando o contraponto a essa ideologia. A maior organização de juventude do Brasil a União da Juventude Socialista, lança campanhas de voto aos 16 anos, para inserir o jovem nas eleições, bem como outros movimentos, mostrando que a luta de classes continua, inclusive no plano ideológico.



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